Berlim investe 20 milhões para apoiar produtores moçambicanos de energia

O banco de desenvolvimento alemão KfW prevê investir 20 milhões de euros para produtores privados de energia em Moçambique entrarem no mercado de distribuição, afirmando que o país tem 1.400 locais identificados para instalar pequenas centrais hidroelétricas.

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Lusa
08/11/2023 10:05 ‧ 08/11/2023 por Lusa

Economia

Energia

"A energia hidroelétrica tem um enorme potencial em Moçambique para gerar energia amiga do clima", sublinha Marco Freitag, gestor de carteira do KfW (Bank aus Verantwortung, detido pelo Governo alemão), num documento daquele banco a que a Lusa teve hoje acesso.

Acrescenta que segundo os estudos já realizados, "existem mais de 1.400 locais possíveis" para instalar essas pequenas centrais hidroelétricas, com capacidade potencial de até 18.000 MegaWatts (MW).

A União Europeia e o Governo alemão pretendem "apoiar o objetivo do Governo moçambicano de gerar mais energia e fornecer eletricidade" a toda a população até 2030, através do programa GET FiT (Global Energy Transition Feed-in-Tariff), fomentado ainda pelo Ministério Federal da Cooperação e Desenvolvimento Económico da Alemanha.

Através deste programa, o KfW prevê "investir cerca de 20 milhões de euros para ajudar os produtores privados de energia a entrar no mercado".

"Os investidores podem receber subsídios tarifários que são pagos ao longo de vários anos após as centrais terem sido comissionadas (financiamento baseado em resultados). Além disso, a ligação das centrais hidroelétricas à rede elétrica é apoiada pelo programa e o risco dos bancos financiadores é mitigado por um mecanismo de garantia", explica o KfW.

Acrescenta que o programa "também visa criar contratos e processos de aprovação padronizados, reduzindo assim os custos para os investidores privados e agilizando os procedimentos", criando "transparência" e promovendo "a concorrência que permita tarifas de eletricidade favoráveis" e a atribuição de licenças de projeto através de concurso público internacional.

"O investimento da UE pode mobilizar capital privado adicional de cerca de 60 milhões de euros", explica Marco Freitag.

A implementação deste programa vai centrar-se no norte e no centro de Moçambique, onde vive quase 80% da população e onde o fornecimento de eletricidade "é inadequado e pouco fiável".

Moçambique já produz mais de 80% da sua energia a partir de fontes renováveis, sendo a energia hidroelétrica responsável por quase toda esta quota. Além disso, a capacidade instalada das centrais hidroelétricas deverá mais do que duplicar, passando dos atuais cerca de 2.200 MW para cerca de 4.500 MW até 2030.

O programa prevê a instalação de 25 MW de capacidade de produção em Moçambique através dos projetos apoiados pelo GET FiT, o que poderá garantir o consumo médio de eletricidade de mais de 400.000 pessoas por ano.

O GET FiT prevê incentivos ao investimento privado na expansão das energias renováveis. Numa primeira fase o objetivo passou por promover projetos solares privados e a construção de sistemas fotovoltaicos, tendo o Governo alemão disponibilizado outros 25 milhões de euros para o efeito em Moçambique.

Leia Também: Bolsas europeias mistas, focadas nas expectativas de inflação

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