Marcelo Rebelo de Sousa voltou a abordar a polémica da habitação e disse entender tanto a posição do PS como a do PSD, depois de, este domingo, na Universidade de Verão do PSD, também Luís Montenegro ter voltado ao assunto.
"É função da oposição propor negociações para eventuais mudanças. Um quer introduzir mudanças e outro diz 'é a nossa última palavra'", afirmou aos jornalistas diretamente de Belém, da Festa do Livro.
"Se ficar como está, ver-se-á. Daqui a duas ou três semanas é devolvido ao Presidente da República que é obrigado a promulgar, mas há a segunda parte da história", alertou o Presidente.
"Esse diploma precisa de regulamentação e essa há-de vir às minhas mãos, portanto aquilo que parece caso encerrado, não o é", asseverou.
Marcelo discorreu ainda sobre o tempo que demorará a ter o programa habitacional pronto para "ver o resultado". "Só por milagre para fins de 2026 é que se vêm resultados e depois há eleições", disse, frisando a vantagem de "haver um acordo mais amplo".
Recorde-se que o Presidente da República já se referiu ao programa Mais Habitação como uma "aparente solução inexequível".
"Tal como está concebido, logo à partida, o pacote da habitação é inoperacional. Quer no ponto de partida, quer no ponto de chegada", afirmou em março, aquando da apresentação das medidas.
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