"Os membros do Comité avaliam que este é o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista necessária ao processo desinflacionário", afirmou a ata da reunião do Comité de Política Monetária (Copom), órgão que reúne diretores e o presidente do Banco Central.
Por outro lado, a comissão disse que a situação exige "tranquilidade e moderação", e descartou que as reduções nas taxas sejam maiores do que o corte decidido na anterior reunião.
Além disso, o documento destacou que a duração do ciclo de redução dependerá "da evolução da dinâmica inflacionária, especialmente dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade económica."
Na reunião de 02 de agosto houve uma divisão entre quatro integrantes que aconselhavam uma redução "mais parcimoniosa" de 0,25 pontos percentuais da taxa de juros e os que defendiam uma redução de meio ponto percentual porque a inflação recente no Brasil havia caído mais do que o esperado. O debate foi vencido pelo segundo grupo que votou em favor da maior redução.
O Brasil vem registando baixos níveis de inflação nos últimos meses e em junho teve uma deflação de 0,8%, uma reversão significativa depois que a taxa homóloga subiu para 12,13% em abril do ano passado.
Diante da forte queda da inflação, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a acusar o Banco Central de tentar sabotar a economia do país para defender os interesses do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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