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Agência de classificação de risco Fitch eleva nota de crédito do Brasil

A agência de classificação de risco Fitch elevou hoje a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil para "BB" com perspetiva estável.

Agência de classificação de risco Fitch eleva nota de crédito do Brasil
Notícias ao Minuto

15:41 - 26/07/23 por Lusa

Economia Fitch

De acordo com um relatório divulgado pela agência, "a elevação dos ratings do Brasil reflete desempenho macroeconómico e fiscal acima do esperado num contexto de choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo Governo trabalhará para melhorias adicionais".

A Fitch destacou que, apesar das persistentes tensões políticas desde a redução de 2018, o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios económicos e fiscais. 

"O novo Governo esquerdista de Lula [da Silva] defende um afastamento da agenda económica liberal dos Governos anteriores, no entanto, a Fitch espera que o pragmatismo e os freios e contrapesos institucionais mais amplos evitem desvios radicais de macro ou micropolítica, enquanto o Governo também está buscando iniciativas para apoiar o setor privado", lê-se no relatório.

"A posição fiscal está a deteriorar-se em 2023 após uma melhoria anterior, mas a Fitch espera que novas regras fiscais e medidas tributárias ancorem uma consolidação gradual. A Fitch ainda projeta que a dívida/PIB [Produto Interno Bruto] aumente, mas num ritmo mais lento e a partir de um ponto de partida muito melhor do que o previsto anteriormente", completou.

Numa nota publicada pouco depois do relatório da Fitch, o Ministério da Fazenda do Brasil frisou que "a decisão da agência corrobora os esforços empreendidos pelo Governo para fortalecer o ambiente económico e promover a consolidação fiscal."

"A melhora no rating leva em consideração não apenas ações já ocorridas, mas também a expectativa quanto à capacidade e vontade do país de prosseguir com a agenda de reformas económicas", acrescentou.

O Governo brasileiro destacou que a reforma tributária em tramitação no Congresso enfrenta um dos maiores obstáculos à competitividade do Brasil, simplificando um sistema altamente complexo e eliminando distorções que alimentam a má alocação de capital.

Segundo o Ministério da Fazenda, outras medidas em curso traduzem-se em números positivos que influenciaram a melhoria da nota de risco do país sul-americano.

"A agência [Fitch] projeta um crescimento do PIB real em 2,3% em 2023 [antes esperava-se 0,7%)] e a convergência para um crescimento estrutural de 2% ao ano no médio prazo. Além disso, reconhece que os esforços para melhorar o balanço fiscal devem conduzir o resultado primário para os intervalos preconizados pelo arcabouço fiscal, de 0% do PIB em 2024 e 0,5% do PIB em 2025", considerou.

O Governo brasileiro destacou que o avanço nas reformas em debate no Congresso foram decisivas para a melhoria da nota de crédito do país e podem desencadear benefícios adicionais à economia.

"O Ministério da Fazenda reitera o seu compromisso com a agenda de reformas em curso, que contribuirá não apenas para o melhor balanço fiscal do Governo, mas também levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito, ao mesmo tempo em que assegurará a estabilidade dos preços", diz o comunicado do ministério de Fernando Haddad.

"Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência económica, elementos essenciais para o desenvolvimento económico e social do país", concluiu o Governo brasileiro.

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