O vice-primeiro ministro, Paulo Portas, vai deslocar-se à fábrica de Cacia para formalizar o contrato de benefício fiscal, que foi anunciado em meados de maio num pacote de investimento com um valor global de 184 milhões de euros a realizar por 12 empresas.
Com o investimento de 56,3 milhões de euros, o grupo Portucel Soporcel, que foi o segundo maior exportador em Portugal em 2013, aumentará em 20% a capacidade de produção de pasta de eucalipto desta unidade fabril de 294 para 353 mil toneladas/ano e em 30 milhões de euros as exportações anuais.
Em 2013, as exportações do grupo atingiram os 1.215 milhões de euros, o que representa cerca de 3% das exportações nacionais, tendo como destino 118 países dos cinco continentes.
Este investimento cria 10 novos empregos especializados e potencia a criação de cerca de 290 postos de trabalho indiretos devido ao aumento da atividade económica nos sectores da silvicultura e logística portuária e rodoviária.
Segundo o comunicado do grupo, "os novos equipamentos e soluções a introduzir incorporam as melhores técnicas disponíveis na área ambiental e industrial".
Com o projeto de expansão da unidade industrial de Cacia, a capacidade instalada de produção de energia renovável, resultante de um processo de cogeração, também vai aumentar cerca de 9% para 336,7 MW.
A fábrica de Cacia iniciou a sua atividade em 1953, tendo sido pioneira na utilização de madeira de eucalipto para o fabrico de pasta de papel pelo processo "kraft", que entretanto se impôs como uma referência, sendo hoje partilhado por todos os produtores mundiais deste tipo de pasta.
O grupo tem seguido uma estratégia de inovação e desenvolvimento de marcas próprias, que hoje representam mais de 60% das vendas de produtos transformados, merecendo particular destaque a marca Navigator, que é líder mundial no segmento 'premium' de papéis de escritório.