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Perfil. Manuel Fino, um empresário ligado aos lanifícios e à Cimpor

Manuel Fino, que hoje morreu aos 98 anos, foi em 2008 incluído na lista dos 20 homens mais ricos de Portugal, mas era um empresário discreto, ligado aos lanifícios e à Cimpor.

Perfil. Manuel Fino, um empresário ligado aos lanifícios e à Cimpor
Notícias ao Minuto

14:45 - 01/06/23 por Lusa

Economia Manuel Fino

Oriundo de uma família ligada aos lanifícios em Portalegre, surgiu na lista dos portugueses mais ricos da revista Exame em 2008 na 19.ª posição e no ano seguinte constava no 22.º lugar com uma fortuna de 361,12 milhões de euros, com participações financeiras na Soares da Costa, no BCP e na Cimpor - Cimentos de Portugal.

A sua participação na Cimpor tornou-se um negócio polémico, depois de ter recebido um empréstimo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em troca de ações da empresa com um valor que terá sido bastante superior ao do mercado.

Manuel Fino nasceu na Covilhã em 1925, mas os negócios da família ligados aos lanifícios passaram depois para Portalegre, com o pai de Manuel Fino a trabalhar na Fábrica de Lanifícios de Portalegre e depois a geri-la, um negócio entregue aos filhos na década de 1950.

Apesar das ligações ao regime liderado por António de Oliveira Salazar, a fábrica de Portalegre continuou na família após a revolução de 25 de Abril de 1974, escapando à vaga de nacionalizações. A aposta na produção de tecidos sintéticos viria a ser um sucesso.

Em 1976, Manuel Fino é eleito pelo semanário Expresso o empresário do ano.

Depois de ao longo de anos ter diversificado o seu investimento com participações em diversos setores, tendo sido acionista da Soares da Costa e do banco BCP, seguiu-se um período mais conturbado nos negócios.

Em 2019, o administrador da 'holding' Investifino José Manuel Fino, filho de Manuel Fino, foi à comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da CGD dizer que a empresa não tinha "meios financeiros" para pagar a dívida ao banco público.

"Não há meios financeiros para a pagar", disse José Manuel Fino sobre a dívida à CGD, durante a sua audição, referindo que "a situação atual é de incumprimento porque a Investifino não tem mais património do que deu como garantia à Caixa".

Este património era, sobretudo, ações da Cimpor, entretanto vendidas, ações do BCP desvalorizadas, e ainda da construtora Soares da Costa, empresa em reestruturação, avançou o gestor na altura.

Leia Também: Morreu o empresário Manuel Fino. Tinha 98 anos

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