"O resultado líquido de 2022 situa-se nos -- 1.955 milhares de euros negativos, em especial devido ao efeito dos juros suportados do plano de recuperação com a segurança social, no valor de 1.755 milhares de euros, o efeito da atualização do custo amortizado dos créditos considerados no plano de recuperação e da criação de imparidades de crédito detidas sobre terceiros", indicou num comunicado remetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A empresa adiantou ainda que os efeitos decorrentes da aplicação do plano vão ainda ter impactos nos próximos anos, através da atualização do custo amortizado dos créditos.
Em 2022, as vendas da Lisgráfica fixaram-se em quase 9,8 milhões de euros, menos 4% do que no ano anterior.
O total de proveitos correntes ficou em 9,9 milhões de euros, abaixo dos 10,6 milhões de euros apurados em 2021.
Deste valor, 99% provêm das vendas e 1% de serviços prestados e outros proveitos.
Por sua vez, os custos correntes ascenderam a 10,9 milhões de euros, quando em 2021 tinham sido de aproximadamente 10,8 milhões de euros.
Neste âmbito, a rubrica custos com pessoal teve um acréscimo de 3% face ao ano anterior, motivado pelo aumento do número de trabalhadores, com a incorporação de 29 funcionários da Sogapal no segundo semestre.
Já o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) da empresa foi negativo em 33 milhares de euros, valor que compara com os 669.000 euros de 2021.
"A Lisgráfica está a fazer um caminho de ajustamento da sua capacidade produtiva. A margem do negócio tem que ser conservada, pelo que muitos produtos poderão deixar de ser produzidos num futuro próximo", alertou.
A empresa considerou ainda haver possibilidade de crescimento no mercado editorial, que estará dependente do preço do papel.
"Em 2023, terá ainda que ser feita uma redução do número de efetivos a trabalhar na empresa para um número compatível com a sua carteira de encomendas", notou.
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