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Parou carro para alterar parecer polémico? Inspetor das Finanças reage

Alteração "consistiu unicamente na alteração de uma frase em que se introduziu a expressão 'à data das verificações da IGF' (Inspeção-Geral de Finanças) em benefício do rigor da interpretação do texto", explicou António Ferreira dos Santos.

Parou carro para alterar parecer polémico? Inspetor das Finanças reage
Notícias ao Minuto

23:13 - 28/04/23 por Notícias ao Minuto

País IGF

O Inspetor-Geral de Finanças, António Ferreira dos Santos, comentou esta sexta-feira uma notícia do Expresso, onde o jornal dá conta de que o "Inspetor das Finanças assumiu ter parado o seu carro na estrada para alterar parecer polémico".

Num comunicado enviado às redações, Ferreira dos Santos argumentou que "a alteração no parecer da CAC (Comissão de Auditoria e Controlo do Plano de Recuperação e Resiliência), efetuada na decorrência de uma observação do Presidente da EMRP (Estrutura de Missão Recuperar Portugal), consistiu unicamente na alteração de uma frase em que se introduziu a expressão 'à data das verificações da IGF' (Inspeção-Geral de Finanças) em benefício do rigor da interpretação do texto".

A reação surge após o Expresso ter noticiado que, em setembro de 2022, em vésperas de um pedido de pagamento a Bruxelas a propósito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), António Ferreira dos Santos ter assumido, publicamente, a responsabilidade pela alteração de um parágrafo do parecer. E acrescentou ter feito, além disso, essa mesma alteração no seu próprio carro, durante uma viagem.

A confissão foi feita, pelo próprio, em plena audição à subcomissão para o acompanhamento dos fundos europeus e do PRR, a 27 de setembro.

"Parei o carro, falei com o meu sub-Inspetor Geral, falei com os outros elementos da CAC, vimos qual era a situação, não havia erro nenhum, a situação talvez tivesse ali menos clara porque nós referíamos que a uma dada data não havia verificações feitas", disse, em declarações partilhadas na ARTV.

E acrescentou, sobre a alteração do parecer: “às seis e meia da tarde, parei na área de serviço de Aveiras, ainda não tinha aquele parágrafo alterado, parei o carro, a minha mulher passou para o volante, e pronto…"

A notícia surgiu depois de, na sexta-feira, o Jornal de Notícias ter avançado que o ministro das Finanças, Fernando Medina, escondeu, durante cinco meses, um parecer da CAC do PRR, onde constavam várias falhas ao sistema de controlo interno destes fundos, apontando riscos de conflitos de interesses e de duplo financiamento.

Segundo o jornal, a tutela recusou-se a divulgar o parecer mesmo depois de a Comissão de Acesso a Documentos Administrativos (CADA) ter apelado à mesma. O mesmo só foi agora conhecido, depois de uma sentença judicial.

[Notícia atualizada às 23h38]

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