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Preço da sardinha poderá "baixar" com aumento das capturas

Os consumidores podem vir a pagar menos pela sardinha fresca este ano, em consequência do aumento das possibilidades de captura para os pescadores, que estabelecem protocolos com a indústria conserveira para escoar o peixe.

Preço da sardinha poderá "baixar" com aumento das capturas
Notícias ao Minuto

17:59 - 14/04/23 por Lusa

Economia Associação

"O pescado fresco é obrigatoriamente vendido em lota pelo sistema de leilão e, portanto, o que forma o preço do pescado fresco é a procura e a oferta. [O preço da sardinha] pode vir a baixar, se a abundância for realmente grande e a regularidade de capturas for grande. As quantidades vão seguramente aumentar e, por força do reforço da oferta, o preço pode baixar, sem dúvida", afirmou, em declarações à Lusa, o presidente da Associação Nacional de Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP-Cerco), Humberto Jorge.

No entanto, lamentou que a pesca seja um dos poucos setores que, por lei, não pode repercutir a subida dos custos de produção no preço final.

A safra da sardinha encerrou em novembro de 2022 e a sua reabertura está prevista para o início de maio, com as possibilidades de pesca a ultrapassarem as 37.300 toneladas, acima das 29.400 estabelecidas para 2022.

De acordo com a ANOP-Cerco, o setor está agora a trabalhar com a indústria da conserva para, à semelhança do que já acontecia em anos anteriores, a transformação poder absorver "uma parte importante" da produção.

Em cima da mesa está, neste momento, um protocolo de parceria para incentivar a celebração de contratos entre os associados da ANOP-Cerco e da associação dos industriais de conservas.

Humberto Jorge adiantou que as conversações estão a correr bem, com "interesse recíproco" por parte dos setores.

"Temos mantido conversações e continuaremos a ter para criar as condições mais favoráveis para a concretização dos contratos de abastecimento direto entre os produtores e a indústria", sublinhou Humberto Jorge.

Para o presidente da ANOP-Cerco este é o instrumento "mais fiável", que permite à indústria saber com que quantidades de pescado poderá contar, ao mesmo tempo que permite que a primeira venda funcione de forma equilibrada.

Em resposta à Lusa, o presidente da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), José Maria Freitas, detalhou que as negociações com as organizações de produtores pretendem que a indústria tenha garantias de abastecimento e não necessite de importar.

Por sua vez, as organizações de produtores garantem o escoamento das pescas.

Os setores pretendem assim "encontrar uma quantidade significativa de sardinha que se destina à industria nacional, a um preço satisfatório".

José Maria Freitas espera que as negociações "cheguem a bom porto o mais rapidamente possível, tendo em consideração que a época de pesca tem início já no próximo mês".

O presidente da ANICP sublinhou ainda que a industria dá prioridade à sardinha portuguesa, esperando assim que, com o aumento das possibilidades de pesca, deixe de ser necessário recorrer à importação, prevendo também um aumento das vendas.

"A sardinha portuguesa é reconhecida pela sua excelência, por isso, esperamos que o consumo aumente e as vendas espelhem isso mesmo. É fundamental cimentar o consumo de conservas portuguesas", concluiu.

O Jornal de Notícias (JN) avançou hoje que os pescadores querem aproveitar a subida das possibilidades de pesca e evitar as imagens de barcos a deitar peixe fora, voltando a recorrer aos contratos de abastecimento.

[Notícia atualizada às 19h14]

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