Taxas sobem e não só: As seis "principais conclusões" da reunião do BCE
Fique a par das principais ideias a reter.

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Economia BCE
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, na quinta-feira, subir as suas taxas de juro em 50 pontos base, apesar da agitação que se vive no setor bancário.
Pedro Assunção, Chief Investment Officer (CIO) da Forste resumiu, em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto as seis "principais conclusões" a reter.
- O BCE manteve o prometido e subiu taxas em 0,5%, apesar da turbulência no sector bancário nos últimos dias e de o mercado ter passado a acreditar que poderia haver um abrandamento ou uma pausa nesta reunião.
- O BCE continua a privilegiar o combate à inflação, mesmo assumindo que a subida de taxas pode estar a deixar alguns bancos da Zona Euro numa posição mais vulnerável.
- Nas próximas reuniões a subida de taxas fica dependente dos dados que, entretanto, venham a ser revelados. Com esta afirmação o BCE deixa a porta aberta para uma eventual pausa se as condições de mercado o aconselharem.
- A reação dos mercados foi negativa, de início, mas acabou por recuperar, muito suportado na ideia de que as taxas poderão subir bastante menos daqui em diante. Neste momento o mercado de futuros assume que haverá um aumento de 0,25% em Maio mas, a partir daí, é bastante mais incerto.
- Na nossa opinião este foi provavelmente o último aumento de 0,5% e o início de um período de aumentos de 0,25%, eventualmente intervalado com pausas. Um ritmo mais lento vai permitir que os mercados se adaptem mais facilmente e reduz o risco de acontecimentos semelhantes à insolvência do SVB da semana passada. Também dará mais tempo para que se tornem visíveis os efeitos dos aumentos de taxas realizados até aqui e assim evitar um cenário de taxas de juro excessivamente altas. O facto de o próprio FED também já ter abrandado o ritmo e estar a braços com uma crise de confiança nos bancos regionais, dá margem ao BCE para também abrandar.
- O risco para este cenário é uma reaceleração da inflação europeia que colocaria o BCE numa posição de decidir entre continuar a subir taxas a uma velocidade elevada e aumentar o risco de recessão e de um problema bancário mais grave, ou aceitar, mesmo que implicitamente, uma taxa de inflação mais elevada durante mais tempo.
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