A maioria dos cidadãos (61%) não prepara a reforma antes dos 65 anos, revela um estudo da DECO Proteste, sendo que a falta de dinheiro para este efeito é o principal motivo.
"A maioria dos inquiridos, entre os 25 e os 65 anos, admitiu não estar ainda a preparar financeiramente a reforma (61%), sendo a tendência transversal aos quatro países do estudo. Como argumento principal, alegam não terem dinheiro suficiente. Todavia, em Portugal, a percentagem é mais expressiva, fruto, porventura, dos baixos salários", diz a organização de defesa do consumidor.
A falta de dinheiro é o principal motivo, mas há mais: "Os restantes motivos variam de acordo com as faixas etárias. Por exemplo, entre os 25 e os 34 anos, 12% dos nacionais inquiridos consideram serem muito novos para se preocuparem com esse assunto, enquanto 15% não sabem como fazê-lo. Dos 35 aos 49 anos, um quarto argumenta ter outras despesas prioritárias".
Entre os que poupam, "os belgas são os que iniciam mais cedo (37 anos) e os portugueses mais tarde (42 anos)".
"No que toca às aplicações, os depósitos a prazo são o produto eleito pela maioria, confirmando o conservadorismo dos nacionais. Tendo em conta as taxas de juro praticadas pelos bancos, não é, de todo, a solução ideal", pode ainda ler-se.
O estudo da DECO Proteste foi realizado entre abril e maio de 2022 em conjunto com as associações de consumidores na Bélgica, em Itália e em Espanha. Além disso, incidiu sobre duas amostras representativas da população: uma dos 25 aos 65 anos e outra abrangendo a faixa etária dos 65 aos 84 anos.
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