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Santarém é atrativo para aeroporto porque é "extremamente rentável"

O promotor do projeto para construir um aeroporto em Santarém, Carlos Brazão, considerou que o Magellan 500 é atrativo para investidores e que "há muito dinheiro" no mundo para investir naquelas infraestruturas, porque são "extremamente rentáveis".

Santarém é atrativo para aeroporto porque é "extremamente rentável"
Notícias ao Minuto

08:18 - 28/02/23 por Lusa

Economia Aeroporto

Em entrevista à agência Lusa, Carlos Brazão, que tem dado a cara pelo projeto Magellan 500, afirma que "há muito dinheiro em todo o mundo disponível para investir em aeroportos, porque são infraestruturas extremamente rentáveis".

Para o responsável, o projeto do aeroporto em Santarém, mais concretamente entre as freguesias de Casével e de São Vicente do Paul, que prevê um investimento inicial entre 1.000 e 1.200 milhões de euros, é atrativo para os investidores, porque é "credível" e de "qualidade".

"O projeto é extremamente rentável, o que não é surpresa porque os aeroportos em toda a Europa, sobretudo os aeroportos de capital, são extremamente rentáveis", apontou Carlos Brazão.

Para o promotor, aquela localização permite aproveitar as infraestruturas já existentes no país, em termos de acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, e deixa ainda espaço para que o aeroporto seja expansível.

"Há muito poucos aeroportos escaláveis que tenham essa característica, que tenham as infraestruturas todas feitas. Ou seja, não há um centímetro de infraestrutura de acesso que tenha que ser feito de propósito", apontou.

Carlos Brazão adiantou que as conversas com potenciais parceiros, quer investidores internacionais, como futuros operadores, têm estado a decorrer praticamente desde o início dos trabalhos, há três anos, mas não há, até ao momento, qualquer acordo fechado.

"Não quisemos até hoje fechar nenhum acordo, mesmo internacional, porque achamos que há um tempo para falar com todos os parceiros, de dar abertura a todos os parceiros que cá estão e, portanto, não iremos fechar até que isso aconteça", explicou o promotor de um dos projetos que está a ser estudado pela Comissão Técnica Independente para o novo aeroporto, liderada por Rosário Partidário, que tem até ao final do ano para apresentar uma decisão.

O promotor não quis adiantar com quantos potenciais parceiros estão a conversar, nem de que geografias, mas adiantou que, naquelas conversas iniciais, o Magellan 500 foi visto como um "projeto muito interessante", que ganharia com uma associação a "um grupo forte português".

Foi assim que surgiu o consórcio com o Grupo Barraqueiro, liderado por Humberto Pedrosa, ex-acionista da TAP.

"Provavelmente não há melhor parceiro para fazer um projeto destes e tivemos a sorte de, na altura, falar com o grupo Barraqueiro", disse Carlos Brazão, apontando que, além de já ter estado ligado ao mundo da aeronáutica comercial, é também "líder em mobilidade terrestre em Portugal", bem como "um operador ferroviário, há muitos anos, através da Fertagus", que tem "um projeto de lançamento do seu próprio operador ferroviário de longo curso".

Questionado sobre uma eventual parceria com a ANA, atual concessionária dos aeroportos em Portugal, Carlos Brazão vincou que "as portas não estão fechadas a ninguém" e que já tomou a iniciativa de abordar a gestora de aeroportos da multinacional francesa Vinci.

Sobre a resposta da ANA, o responsável disse apenas que "na altura, foram bem-educados", sem adiantar se já iniciaram conversas, frisando que, o que acontecer "será no fórum privado, entre duas empresas privadas".

Relativamente às questões ambientais, inerentes à construção de uma infraestrutura como um aeroporto, os promotores acreditam que está tudo devidamente acautelado na análise feita pela consultora internacional contratada, a ALG Global.

Aquela localização está próxima da Reserva Natural do Paul do Boquilobo, que tem muitas aves, que foi um dos problemas que surgiu associado ao projeto para um novo aeroporto no Montijo, distrito de Almada.

Adicionalmente, está também próximo do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, com normas estritas relativamente ao ruído e à velocidade de sobrevoo de aviões, e ainda uma reserva de morcegos nos Olhos de Água.

"Os morcegos têm uma legislação mais protetora ainda do que as aves, uma coisa chamada Eurobats [Acordo sobre a Conservação de Populações de Morcegos Europeus], e, portanto, o sítio exato, o dimensionamento das pistas [...], a orientação das pistas, foi estudado à exaustão, para não interferir nem a níveis de ruído, nem com as normas, sobretudo na parte da reserva dos Candeeiros, e, obviamente, afastá-lo tudo o que é possível, obviamente, da reserva do Boquilobo", garantiu.

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