Em 15 de fevereiro, o presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, afirmou que uma das razões da baixa adesão da tarifa social de Internet deve-se às fidelizações e aos pacotes de comunicações, contando com mais de 500 ofertas ativas.
"Eu não vejo qual seja a relação entre a fidelização e a tarifa social de Internet ou a adesão", disse Ana Figueiredo, quando questionada pela Lusa sobre o tema, à margem da apresentação das quatro áreas de atuação da Altice Portugal e a nova linha de comunicação da marca, que decorreu no Altice Arena.
"Acho que se os consumidores não aderem é porque não veem como uma oferta que possa suprir as suas necessidades", considerou a presidente executiva da dona da Meo.
Portanto, "eu não vejo aí uma relação" com a fidelização, "temos mais de cinco milhões de serviços portados nos últimos 10 anos", o que "mostra a dinâmica do mercado", rematou.
De acordo com o regulador, foram feitos 1.186 pedidos da TSI até 15 de fevereiro e havia até àquela data 516 ativas.
Relativamente à tarifa social de Internet, "uma das razões porque as famílias de baixos recursos hoje não podem aderir a essa tarifa é porque têm contratos de fidelização" e "pacotes", o que inclui a televisão, a qual é uma "prioridade para as famílias portuguesas", afirmou, na altura, o regulador.
Ora, "seria absolutamente lógico para quem tem rendimentos baixos" aderir a esta oferta, considerou, recordando que, em termos de Internet, a Anacom tinha proposto que "as condições da tarifa social de Internet tinham de ser o dobro" do que foi aprovado.
A TSI conta com cerca de 780 mil beneficiários potenciais, o universo da população que beneficia da tarifa social de eletricidade e da água, e entrou em vigor em 2022.
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