O investimento já foi aprovado pelo Governo e o respectivo despacho, assinado pelos ministros da Economia e do Emprego e de Estado e dos Negócios Estrangeiros, foi hoje publicado em Diário da República (DR).
Contactado pela agência Lusa, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, António Dieb, congratulou-se pelo projecto de expansão apresentado pela multinacional norte-americana.
"Para a nossa região, é importante porque se trata de mais investimento produtivo e mais postos de trabalho", destacou António Dieb.
Além disso, acrescentou, a aposta do Grupo Tyco tem "o efeito demonstrativo" de que, mesmo em tempos de crise, "o Alentejo tem condições reais de ser competitivo".
No despacho governamental, pode ler-se que a Tyco Electronics - Componentes Electromecânicos apresentou uma candidatura ao sistema de incentivos à inovação no âmbito do Programa Operacional Factores de Competitividade (COMPETE).
Trata-se, segundo o documento, da expansão da unidade industrial do grupo localizada em Évora, num investimento superior a 30,6 milhões de euros, com a criação de 25 novos postos de trabalho directos e a manutenção de 1.537.
"Estão a decorrer os procedimentos normais para a assinatura do contrato", revelou o presidente da CCDR Alentejo, afirmando esperar que o acordo possa ser formalizado "dentro de 15 dias a três semanas".
O contrato envolve a atribuição de 25 milhões de euros de fundos comunitários e, no seu período de vigência, a Tyco prevê atingir um valor acumulado de vendas de cerca de 1.668 milhões de euros e um valor acrescentado bruto acumulado de 640,1 milhões de euros.
O projecto, refere o despacho governamental, assinado no passado dia 09, representa "a consolidação e reforço da presença em Portugal, particularmente na região de Évora, de uma unidade de média-alta tecnologia".
O Grupo Tyco estima "um crescimento de 25% da capacidade de produção" da unidade alentejana, enquanto o volume de negócios adjudicado a outras empresas "deverá aumentar "10% a 15%", o que representa "um significativo efeito de arrastamento em actividades a montante".
O objectivo da multinacional é concentrar na cidade alentejana a sua actividade mundial de produção de relés para a indústria automóvel, "reforçando a posição da empresa portuguesa neste sector de actividade".
"A escolha da fábrica de Évora para a execução desta estratégia deve-se à experiência acumulada pela empresa portuguesa ao longo de quase quatro décadas, para além da sua competitividade em termos de custos de produção", frisa o despacho.
Dado o seu "impacto macroeconómico" e "efeito estruturante para o desenvolvimento, diversificação e internacionalização da economia portuguesa", o projecto foi considerado pelo Governo como tendo "grande relevância para a economia nacional".