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Grupo europeu diz que 'zero Covid' manchou reputação de Xangai

A Câmara de Comércio da União Europeia considerou, esta terça-feira, que a reputação internacional da "capital" económica chinesa, Xangai, foi "gravemente danificada", em 2022, devido ao duro bloqueio imposto na cidade, no âmbito da estratégia 'zero Covid'.

Grupo europeu diz que 'zero Covid' manchou reputação de Xangai
Notícias ao Minuto

12:04 - 14/02/23 por Lusa

Economia Empresas

O confinamento imposto aos cerca de 25 milhões de habitantes da cidade, ao longo de mais de dois meses, na primavera passada, isolou Xangai do resto do país, após a metrópole ter já sido desconectada do resto do mundo em 2020, através da suspensão de voos e imposição de um período de quarentena de 14 dias para quem viajava a partir do estrangeiro, afirmou a responsável pelo grupo empresarial europeu, Bettina Schön-Behanzin, durante a apresentação de um relatório.

"Xangai vai agora ser o modelo de como a China reagirá no período pós-pandemia. A recuperação [da economia], após o fim das restrições, não está garantida", frisou Schön-Behanzin.

O rigoroso bloqueio provocou uma queda de 14 por cento no PIB (Produto Interno Bruto) oficial da cidade, no segundo trimestre do ano passado, valor que caiu para apenas 0,2% no conjunto do ano, embora tenha sido a primeira ocasião em que o município experimentou uma contração na atividade económica desde 1978.

As restrições fizeram com que 92% das empresas europeias a operar no município enfrentassem problemas graves nas suas cadeias produtivas. Um número cada vez maior de empresários passou a procurar alternativas noutros países, de acordo com a Câmara de Comércio.

"Singapura é a grande beneficiária (...), com várias multinacionais europeias a mudarem as suas sedes regionais para lá", lê-se no relatório apresentado hoje.

As empresas estrangeiras - que contribuem com um quarto do PIB de Xangai - não estão a deixar a China, mas a estão "isolá-la" das suas operações no exterior.

"As empresas estão agora na China para a China, pois querem ter a certeza de que outro bloqueio ou qualquer outra coisa que possa acontecer não afeta [as suas operações] noutras regiões", apontou o documento.

Após as autoridades chinesas terem desmantelado quase por completo a estratégia 'zero Covid', as empresas europeias voltaram a apelar ao governo local para que proceda a "reformas significativas", se quiser concretizar a sua ambição de converter Xangai numa "verdadeira metrópole internacional", destacou o relatório, enfatizando a remoção de regulações que prejudicam as empresas estrangeiras.

"Vai demorar muito para reconquistar a confiança", disse Schön-Behanzin, afirmando que a "China era o lugar para onde os expatriados queriam ir, mas que, agora, as empresas têm dificuldades em encontrar pessoal que queira trabalhar" no país asiático.

A Câmara de Comércio da União Europeia recomendou que o município avance com planos para atrair e reter talentos, disponibilize apoio financeiro para as pequenas e médias empresas, resolva obstáculos regulamentares para aumentar a atratividade de Xangai para o investimento estrangeiro, torne o ambiente de negócios "previsível" e fortaleça a proteção da propriedade intelectual.

Leia Também: Fim da política 'zero Covid'. China vai regressar às aulas presenciais

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