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Aeroporto. Opinião de um presidente de Câmara "não é um critério técnico"

As opiniões dos presidentes das Câmaras Municipais não vão fazer parte do critério para análise às diferentes opções para expansão aeroportuária de Lisboa, pela Comissão Técnica Independente, por não ser um critério técnico, disse à Lusa Rosário Macário.

Aeroporto. Opinião de um presidente de Câmara "não é um critério técnico"
Notícias ao Minuto

11:49 - 28/01/23 por Lusa

Economia Comissão Técnica Independente

"A opinião do presidente da Câmara [Municipal] não é um critério técnico, todos os presidentes de Câmara vão ter certamente opiniões sobre o assunto. Nós teremos, naturalmente, em consideração os argumentos que utilizarem, mas isso não vai fazer parte do critério", afirmou, em entrevista à Lusa, a professora Rosário Macário, que integra a CTI que vai levar a cabo a avaliação ambiental estratégica para a expansão aeroportuária da região de Lisboa.

Esta posição surgiu depois de questionada sobre as declarações do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que defendeu um aeroporto perto de Lisboa, depois de ser conhecida a existência de um projeto para a construção da infraestrutura em Santarém.

Atualmente estão em análise seis localizações, depois de terem entrado também na lista Beja e Alverca, que se juntaram à Portela (Lisboa), Montijo, Alcochete e Santarém, já referidas no despacho do Conselho de Ministros que determinou a criação da CTI.

"Não vai fazer parte do critério o facto de o presidente de Câmara A ou B dizer que gosta mais disto ou daquilo, porque senão não seríamos uma comissão técnica independente", vincou a coordenadora técnica.

Rosário Macário ressalvou, porém, que os presidentes de Câmara serão consultados.

"Estamos a falar com mais de 30 entidades que são relevantes no processo, mas não estamos subordinados a nenhuma entidade, porque isso é um aspeto muito claro e que foi condição para que esta comissão técnica assumisse esta missão e este mandato, que é mantermos, até ao fim, a nossa independência", explicou.

Entre as entidades consultadas estão também associações ambientalistas e moradores.

No entanto, Rosário Macário alertou que é "impossível" construir um aeroporto com "zero impacto ambiental".

Ainda assim, a professora universitária disse esperar que a "transparência" e "rigor" do processo que está a ser levado a cabo pela CTI permita "minimizar" a contestação por parte dos ambientalistas.

"Estamos a ouvir todas essas entidades e, obviamente, que vamos analisar todo este processo, procurando minimizar os impactos, claro", disse.

Questionada sobre como se pode garantir que, na eventualidade da construção de um novo aeroporto, não acaba por ser também 'engolido' pelo desenvolvimento da cidade à sua volta, como o da Portela, causando, entre outras questões, um problema de ruído, a especialista referiu que passa pelo cumprimento dos planos diretores.

"É um problema que tem que ver com os planos diretores da zona onde for colocado e do rigor em cumprir, que aqui [Lisboa] não houve e, portanto, na verdade, permitiu-se que a cidade crescesse para cima do aeroporto", explicou, frisando que, "numa futura localização, é desejável que haja mais rigor relativamente à monitorização e à regulação dos usos do solo".

Quanto à opção mais vantajosa para o país e para a região de Lisboa, Rosário Macário remeteu uma decisão para outubro ou novembro.

"Estamos empenhados nesta missão. Ainda estamos em fase de contratação, porque a parte burocrática da contratação [para as equipas técnicas da CTI] está-nos a atrasar um bocadinho, mas os coordenadores estão todos já a trabalhar", afirmou.

O objetivo, acrescentou, é que a CTI possa "contribuir para um ponto final nesta longa novela sobre o aeroporto e o futuro do aeroporto".

Leia Também: Aeroporto? "Dificilmente haverá consenso generalizado" sobre uma solução

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