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Taxa de desemprego está controlada e deve-se ao efeito da sazonalidade

O secretário de Estado do Trabalho defendeu hoje, em declarações à Lusa, que a taxa de desemprego em Portugal está controlada, explicando que os 6,4% registados em novembro são impactados pela sazonalidade.

Taxa de desemprego está controlada e deve-se ao efeito da sazonalidade
Notícias ao Minuto

18:56 - 06/01/23 por Lusa

Economia Desemprego

"Os dados que hoje o INE [Instituto Nacional de Estatística] revela devem ser lidos, obviamente com cautela, e sabendo-os enquadrar naquilo que é o momento do ano em que estamos a viver. Em novembro temos sempre, historicamente, uma subida do desemprego, o que é facilmente justificável pela sazonalidade e pelo emprego criado no verão [...]. Felizmente, temos uma taxa de desemprego muito baixa e controlada", afirmou Miguel Fontes, em declarações à Lusa.

A taxa de desemprego subiu para 6,4% em novembro de 2022, o valor mais elevado desde julho de 2021 e que compara com 6,0% em outubro e 6,2% em novembro de 2021, segundo dados provisórios divulgados hoje pelo INE.

De acordo com as Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego do INE, "em novembro de 2022 a taxa de desemprego aumentou para 6,4%, o valor mais elevado desde julho de 2021, quando foi de 6,6%".

Este destaque do INE reviu em baixa a taxa de desemprego de outubro do ano passado dos inicialmente estimados 6,1% para 6,0%.

Em novembro de 2022, o INE estima que a população ativa (5.198,4 mil) tenha tido um decréscimo, em relação ao mês anterior, de 1,8 mil pessoas (a que corresponde uma variação relativa quase nula) e que tenha aumentado 0,5% em relação a novembro de 2021.

"O que me parece verdadeiramente importante sublinhar é que nunca tivemos tanta gente a trabalhar como ao longo desde ano 2022. Posso dizer que este é o maior ano de sempre de população empregada desde que há registo. Chegámos aos cinco milhões de pessoas em termos de trabalhadores em Portugal. Um número muito significativo", defendeu o governante.

Conforme destacou, Portugal já recuperou mesmo os níveis pré-pandemia e, face a 2015, existe hoje mais meio milhão de trabalhadores.

Miguel Fontes precisou que hoje há mais 123.000 pessoas a trabalhar do que antes da pandemia de covid-19, resultado das medidas que evitaram a destruição do emprego.

Para o governante, o país tem sabido crescer economicamente, mantendo uma trajetória de sustentabilidade das contas públicas, indicadores que dão confiança em termos de emprego.

Questionado se o Governo acredita que esta trajetória irá manter-se nos próximos meses, o secretário de Estado disse só ser possível ter uma perspetiva da variação tendo em conta o histórico dos últimos anos.

Assim, o Governo não está a contar "com uma situação de aumento significativo do desemprego".

Contudo, ressalvou que a única coisa "que se pode ter por certo é o incerto", recordando fatores como a guerra na Ucrânia.

"Temos que ter a humildade de ir acompanhando os números e de ver como eles são contornados, procurando que as pessoas que ficam em situação de desemprego possam regressar, o mais rápido possível, ao mercado de trabalho", concluiu.

Segundo o INE, a diminuição em cadeia da população ativa "resultou do decréscimo da população empregada (20,1 mil; 0,4%), que superou o acréscimo da população desempregada (18,4 mil; 5,9%)".

Já o acréscimo em cadeia de 0,1% da população inativa, para 2.461,0 mil, "foi explicado, essencialmente, pelo acréscimo do número de outros inativos, os que não estão disponíveis nem procuram emprego (4,8 mil; 0,2%)". Em outubro, a população inativa tinha registado o valor mais baixo desde fevereiro de 1998 (2.457,9 mil pessoas).

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