No último mês do ano foram criados 223.000 empregos, menos 40.000 do que em novembro e o menor aumento mensal em dois anos, numa altura em que se observam os efeitos no mercado laboral das sucessivas subidas das taxas de juro que o banco central norte-americano aprovou desde março para travar a inflação.
Segundo o Gabinete de Estatísticas Laborais, em todo o ano de 2022 foram criados menos 2,2 milhões de postos de trabalho do que no ano anterior: em 2021 surgiram 6,7 milhões de empregos e em 2022 foram criados 4,5 milhões.
Após serem conhecidos os dados, o Presidente norte-americano, Joe Biden, publicou um comunicado afirmando que "esta moderação no crescimento do emprego é apropriada" e provavelmente continuará.
"Devemos esperar que continue nos próximos meses, embora o mercado laboral continue resiliente e recuperado", acrescentou.
Em dezembro, foi também registado um abrandamento no aumento dos salários por hora, que subiram 4,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando em novembro tinha havido um aumento de 4,8% e em março se registou um pico de 5,6%.
Esta desaceleração é considerada essencial para que a inflação abrande e se mantenha mais baixa.
Os últimos dados oficiais mostram que os preços estão a desacelerar e que a taxa de inflação homóloga baixou em novembro pelo quinto mês consecutivo, passando para 7,1%, menos seis décimas em relação ao mês anterior.
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