"A greve dos trabalhadores da Solverde de hoje está a ter uma grande adesão no Casino Chaves. A sala de jogos tradicionais mantém uma adesão de 100%. As bancas de jogo estão todas encerradas", refere o sindicato, afeto à CGTP, num comunicado hoje divulgado, no qual recorda que "estes trabalhadores já tinham realizado outro dia de greve no dia 25 de dezembro, que levou também ao encerramento das bancas de jogo".
Com a greve de hoje, "completam-se 15 dias de greve em poucos meses destes trabalhadores".
Ainda segundo o sindicato, "nas unidades hoteleiras da Solverde de Chaves e Gaia a greve está a ter uma menor adesão".
O sindicato alega que a Solverde "contratou dezenas de extras para substituir grevistas", tendo, por isso, pedido "a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho".
Para o sindicato, o alegado comportamento da Solverde "levou a alguma desmobilização dos trabalhadores".
Ainda de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, a Solverde "é a empresa do setor do jogo que paga salários mais baixos a nível nacional".
"A esmagadora maioria dos trabalhadores recebe apenas o Salário Mínimo Nacional e trabalham por turnos, à noite, fins de semana e feriados. Além disso, [a empresa] não paga subsídio noturno nem de turno aos trabalhadores do jogo, não atualiza os salários a muitos trabalhadores há vários anos consecutivos e recusa o diálogo e a negociação da contratação coletiva", refere.
Os trabalhadores da Solverde reivindicam, entre outros, aumentos salariais de 10%, num mínimo de cem euros, o pagamento de subsídio noturno ou de turno aos trabalhadores do jogo, a redução do horário de trabalho para um máximo de 35 horas por semana, 25 dias úteis de férias, sem penalizações, e a celebração de um acordo de empresa.
A Solverde pertence ao grupo Violas, que opera em várias áreas, nomeadamente turismo, educação, imobiliária, bebidas e têxtil.
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