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EUA acrescentam fabricante chinesa de semicondutores YMTC à 'lista negra'

Os Estados Unidos vão colocar a fabricante de semicondutores chinesa Yangtze Memory Technologies (YMTC) na sua 'lista negra' de entidades comerciais, no mais recente esforço para conter as ambições tecnológicas de Pequim.

EUA acrescentam fabricante chinesa de semicondutores YMTC à 'lista negra'
Notícias ao Minuto

09:58 - 14/12/22 por Lusa

Economia Comércio

O Departamento de Comércio norte-americano vai acrescentar a YMTC e outras empresas chinesas à sua "lista de entidades", que restringe o acesso a tecnologia norte-americana, de acordo com o jornal Financial Times, que cita fontes anónimas familiarizadas com o plano.

As empresas norte-americanas estão proibidas de vender tecnologia a empresas que integram aquela lista, a menos que tenham uma licença de exportação, que é difícil de obter.

A medida ocorre dois meses depois de os EUA terem imposto rígidos limites de exportação que tornaram mais difícil para a China adquirir e produzir semicondutores de última geração.

O Partido Comunista Chinês gastou dezenas de milhares de milhões de dólares no desenvolvimento da indústria de produção de 'chips' semicondutores da China. As fábricas do país fabricam 'chips' de baixo custo para automóveis e outros produtos, mas que não obedecem aos critérios dos dispositivos mais avançados.

Aqueles componentes são essenciais no fabrico de alta tecnologia.

O Congresso dos EUA tem pressionado o Governo de Joe Biden para que coloque a empresa na lista de entidades. Membros do Congresso alertaram também a fabricante norte-americana Apple de que enfrentaria um escrutínio severo se prosseguisse com o plano de comprar 'chips' à YMTC.

Os EUA estabeleceram, anteriormente, uma janela de 60 dias para as empresas chinesas permitirem uma investigação, visando garantir que a tecnologia norte-americana não é desviada para uso militar. As empresas que recusem aceder são colocadas na lista de entidades.

Alan Estevez, o principal funcionário do Departamento de Comércio encarregado de supervisionar os controlos de exportação, disse, na semana passada, que a China cedeu e está agora a permitir inspeções a algumas empresas.

O funcionário afirmou que os EUA estão a "observar um comportamento melhor" por parte do ministério do Comércio da China, que supervisiona as verificações de uso final feitas às empresas chinesas. O Departamento de comércio dos EUA recusou-se a dizer quantas empresas estão a cooperar.

Pequim entrou, esta semana, com um processo na Organização Mundial do Comércio contra os controlos de exportação impostos pelos Estados Unidos.

Além de suspeitar que a YMTC violou a lei dos EUA ao fornecer 'chips' semicondutores ao grupo de telecomunicações chinês Huawei, que é alvo de sanções norte-americanas, a Casa Branca também está preocupada com a possibilidade de a empresa vender 'chips' de memória abaixo do custo de produção, pressionando os produtores norte-americanos e dos países aliados.

A medida representa também uma nova escalada na guerra tecnológica entre Washington e Pequim. Os EUA estão a tentar conter o desenvolvimento pela China de tecnologias com aplicações militares, como inteligência artificial, modelagem para armas nucleares e desenvolvimento de armas hipersónicas. A China também tem tomado medidas para aumentar as suas capacidades tecnológicas, uma vez que está sob pressão crescente dos EUA e dos seus aliados.

Leia Também: Há nova tentativa para banir TikTok nos EUA

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