O decréscimo do lucro nos primeiros nove meses do ano é atribuído pelo banco à desaceleração dos mercados financeiros globais.
Até setembro, as receitas totalizaram 26.534 milhões de dólares (26.881 milhões de euros), um valor quase idêntico (-0,6%) ao do mesmo período do ano passado, enquanto no período entre julho e setembro somaram 8.236 milhões de dólares (8.343 milhões de euros), menos 9,6% do que no período homólogo.
"O ambiente macroeconómico e geopolítico tornou-se cada vez mais complexo, já que os clientes continuam preocupados com a inflação persistente, o aumento dos preços da energia, a guerra na Ucrânia e os efeitos residuais da pandemia na Suíça", refere o presidente executivo (CEO) do UBS, Ralph Hammers, citado num comunicado.
Segundo referiu, o impacto deste cenário "foi de grande alcance, afetando os níveis de ativos, a volatilidade do mercado, as taxas e a confiança dos investidores em todo o mundo".
O banco reviu em alta a sua previsão para o dividendo ordinário de 2022, de 0,51 dólares para 0,55 dólares por ação (sensivelmente o mesmo valor em euros, ao câmbio atual), o que representa um aumento de 10% em relação ao ano anterior.
Após ter recomprado 1.000 milhões de dólares (1.014 milhões de euros) em ações no terceiro trimestre e 4.300 milhões de dólares (4.360 milhões de euros) até setembro, o UBS prevê que as recompras de ações ascendam a cerca de 5.500 milhões de dólares (5.574 milhões de euros) no conjunto do ano de 2022.
Segundo o UBS, a sua exposição direta ao risco país para a Rússia diminuiu para 200 milhões de dólares (203 milhões de euros) em 30 de setembro de 2022, em comparação com 600 milhões de dólares (608 milhões de euros) em 31 de dezembro de 2021, não tendo exposição direta significativa ao risco-país da Ucrânia ou da Bielorrússia.
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