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Bruxelas atualiza previsões com abrandamento da economia (e não só)

A Comissão Europeia divulga, na quinta-feira, previsões económicas atualizadas que terão em conta os impactos económicos da guerra da Ucrânia e a crise energética, prevendo-se novo abrandamento da economia este ano e em 2023 e recorde na inflação.

Bruxelas atualiza previsões com abrandamento da economia (e não só)
Notícias ao Minuto

13:09 - 13/07/22 por Lusa

Economia Bruxelas

Numa altura em que se assinalam quase cinco meses da invasão russa da Ucrânia e em que os preços batem máximos, especialmente 'puxados' pelo setor energético, Bruxelas vai então publicar as previsões económicas de verão, tendo já antecipado um cenário de abrandamento económico e de alta inflação, mas rejeitando recessão.

Na segunda-feira, a Comissão Europeia avisou que esta atualização das estimativas macroeconómicas incluirá uma revisão em baixa do crescimento económico da zona euro e da UE este ano e "ainda mais" em 2023, enquanto a inflação será revista em alta.

"Vamos apresentar as nossas previsões económicas mais tarde nesta semana e o que vemos é que o crescimento económico se está a revelar resiliente este ano, mas é de esperar uma revisão em baixa este ano e ainda mais no próximo ano porque há muitas incertezas e riscos", declarou o vice-presidente executivo da Comissão Europeia com a pasta de "Uma economia que funciona para as pessoas".

Falando à entrada para uma reunião de ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), Valdis Dombrovskis indicou que, "infelizmente, a inflação continua a surpreender pela negativa e, por isso, vai ser novamente revista em alta".

Também falando à imprensa, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, indicou que, "de momento, está prevista uma redução e um crescimento limitado", embora não se preveja "território negativo", ou seja, recessão.

Nas suas previsões da primavera, publicadas em meados de maio passado, Bruxelas já tinha revisto em forte baixa as previsões de crescimento económico na Europa, estimando subidas de 2,7% do PIB este ano, tanto na UE como na zona euro, quando no inverno projetava aumentos de 4% em ambos os casos.

Na altura, o executivo comunitário projetou também uma "revisão considerável" em alta da taxa de inflação na zona euro este ano, para 6,1%, principalmente impulsionada pelos preços energéticos e alimentares, com pico no segundo trimestre e descida em 2023.

Relativamente a Portugal, nas previsões de primavera, a Comissão Europeia reviu em alta de 0,3 pontos percentuais o crescimento económico português este ano, para 5,8%, apesar dos desafios externos.

Ainda assim, a expectativa do Governo é que haja agora uma ligeira revisão em alta do Produto Interno Bruto (PIB) português, nomeadamente após o Banco de Portugal ter melhorado, em meados de junho, as projeções de crescimento em 2022 para 6,3%.

Esta terça-feira, o ministro das Finanças, Fernando Medina, disse confiar que a Comissão Europeia reveja em alta, nas previsões económicas, o crescimento do PIB português em 2022, apesar do cenário de abrandamento ao nível europeu.

"Creio que o quadro geral de apontar para um cenário, ao nível europeu, de abrandamento das taxas de crescimento económico é expectável, mas também é expectável que, relativamente a Portugal em 2022, venham a rever em alta a perspetiva de crescimento", afirmou Fernando Medina.

"A perspetiva que tinham no último cenário [de subida de 5,8% do PIB este ano], é uma perspetiva talvez aritmeticamente, no nosso cenário, menos provável de poder acontecer", acrescentou o ministro das Fianças, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final de uma reunião com os seus homólogos da UE.

Indicando basear esta posição numa "constatação aritmética" relativamente aos números da economia portuguesa, Fernando Medina adiantou que, mesmo que não haja adaptação, tem "confiança de que os números [...] que apontam para um crescimento superior a 6% sejam os números que se venham efetivamente a verificar".

"Isso tem a ver quer com o crescimento de 2021, quer com o crescimento do primeiro trimestre de 2022 e com aquilo que nós estimamos que possa acontecer ao longo do ano de 2022", adiantou o governante, garantindo ter "muita confiança de que a economia portuguesa cresça a um número superior à ultima previsão que a Comissão Europeia fez".

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