Grupo Casais quer contratar 1.500 pessoas em 18 meses, diz CEO
O grupo de construção Casais quer contratar 1.500 pessoas em 18 meses para Portugal e para os mercados internacionais, adiantou o presidente executivo da empresa, António Carlos Rodrigues, que esteve na assinatura de um protocolo de formação.
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Economia Emprego
Em declarações depois do evento, no Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte (CICCOPN), e que juntou algumas das maiores construtoras nacionais, o gestor adiantou que a empresa "tem planos em termos de contratação para os próximos 18 meses de cerca de 1.500 pessoas", sendo que as contratações são para Portugal e para a atividade internacional, ou seja, "técnicos que é preciso mobilizar para a atividades internacionais".
"Se fizermos as contas aquilo que é a necessidade de resposta em Portugal e ao volume de trabalho comparando com o que foi o pico no passado, estamos a falar em quase triplicar o 'output' do setor da construção", explicou, recordando que é preciso dar resposta ao PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), mas também aos investimentos internacionais.
"Está a haver um incremento da atividade internacional", garantiu.
O protocolo, assinado entre o CICCOPN, a Casais, a Mota-Engil e a Teixeira Duarte tem como objetivo receber formandos sobretudo dos países de expressão portuguesa e inclui dois blocos de dormitórios com cerca de 32 camas.
Também presente no evento, Manuel Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), recordou que o setor precisa neste momento de 80 mil trabalhadores e lamentou que haja 26 mil desempregados deste segmento registados nos centros de emprego "e que não estão a ingressar na atividade", numa altura em que são necessários.
"Em 2020 o setor cresceu 2,5%, em 2021 4,3% e este ano pensamos que cresça 5,5%. Foi um dos únicos que não parou durante a pandemia", lembrou.
Questionado sobre a possibilidade de aumentos salariais como forma de atração de mão-de-obra, Reis Campos garantiu que houve "no ano passado um contrato que aumentou valores mínimos em 5%".
"Nós temos todos os anos praticamente acordado aumentos com os sindicatos. A tabela salarial do setor não é a que é praticada", ou seja, é superior, dada a "concorrência muito forte para esta mão-de-obra que é qualificada", indicou o dirigente associativo.
O CICCOPN assinou hoje também outro protocolo com a construtora Gabriel A.S. Couto, para a dinamização de formação profissional.
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