Mercado português de gestão de ativos cresce 14% em 2021
O mercado português de gestão de ativos cresceu 14% em 2021, acima da média dos últimos dez anos e da média global, com os clientes institucionais a serem o maior grupo, segundo um estudo da Boston Consulting Group (BCG).
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Economia Gestão de ativos
De acordo com o estudo "Global Asset Management 2022: From Tailwinds to Turbulence", da Boston Consulting Group (BCG), o mercado de gestão de ativos a nível global cresceu 12% para 112 biliões de dólares, acima da média de crescimento de 7% nos últimos 20 anos.
Já o mercado português superou o crescimento global com um aumento de 14% em 2021, acima dos 2% de média nos últimos 10 anos.
Segundo as conclusões do estudo, a taxa de aumento de ativos sob gestão a nível global atingiu "níveis recorde", com um aumento de 4,4% face a 2020.
No que toca ao caso português, os clientes institucionais "continuam a ser o maior grupo de clientes, representando 70% dos ativos sob gestão em Portugal", refere a BCG, indicando que as seguradoras e fundos de pensões são os maiores clientes institucionais, seguidos pelos bancos.
"Em Portugal, o produto de retalho com maior expressão continua a ser os fundos de investimento, tendo mantido o ritmo de crescimento acelerado entre 2020 e 2021", assinala.
Já a nível global, "o forte desempenho do mercado de ações foi o principal motor para o crescimento da indústria, representando 90% do crescimento das receitas, entre 2005 e 2021".
"Durante o mesmo período, o incremento de receitas proveniente do aumento de ativos sob gestão foi genericamente compensado pela migração para produtos com um custo inferior. Apesar do aumento dos custos, a margem operacional subiu para 38% em 2021, acima dos 36% no ano anterior, resultado de o crescimento médio dos ativos sob gestão ter ultrapassado o aumento dos custos", detalha.
A BGC assinala que os investimentos de gestão passiva, que floresceram após a crise financeira de 2008, continuaram a atrair um forte interesse dos investidores.
"Apesar do crescimento da indústria de gestão de ativos nos últimos dez anos ter sido notável, o cenário a futuro irá ser extremamente desafiante com a proliferação de 'players' competitivos em preço, suportados pelo desenvolvimento tecnológico", refere Pedro Pereira, 'managing director' e partner da BCG em Portugal, citado em comunicado.
A BCG destaca que "as principais tendências que se estima que venham a moldar o futuro incluem uma mudança gradual para investimentos alternativos na procura de maiores retornos em comparação com investimentos em mercados públicos".
"Os produtos alternativos representaram em 2021 menos de 20% dos ativos sob gestão mundialmente, mas contribuíram para mais de 40% das receitas totais. Esta tendência deverá continuar nos próximos cinco anos, prevendo-se que as receitas provenientes de investimentos alternativos cresçam para mais de metade das receitas globais do setor, em 2026", refere.
Segundo a BCG, adicionalmente, serão necessários cerca de 100 a 150 biliões de dólares para atingir os objetivos de neutralidade carbónica até 2050, pelo que a procura de investimentos sustentáveis representa uma "profunda" oportunidade para o setor, tanto a curto como a longo prazo.
"Estima-se que cerca de 20 a 30 biliões de dólares serão alocados a gestoras de ativos através de obrigações e ações, com grande parte desse valor a ser antecipado ao longo dos próximos anos à medida que mais investimentos fluem para projetos de transição climática", acrescenta.
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