“A remuneração dos gestores públicos integra um vencimento mensal que não pode ultrapassar o vencimento mensal do primeiro-ministro”. Assim determina a norma geral, citada pelo Diário de Notícias. Não obstante, alguns administradores das financeiras do Estado ganham mais do que Passos Coelho, avança a mesma publicação.
Só no recém-criado Banco de Fomento, tanto o presidente como dois vogais da comissão instaladora, embolsam mensalmente ordenados superiores ao do líder do Executivo.
Paulo Azevedo Pereira da Silva ganha 13.500 euros mensais, Carla Maria de Castro Chousal encaixa 12.515,44 euros todos os meses, e Nuno Miguel Ferreira Soares, 8.034,98 euros. Estes salários, refira-se, foram autorizados por despacho da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
Por seu turno, Passos Coelho aufere 4.892,95 euros de vencimento base, a que acrescem 1.957,18 euros relativos a despesas de representação, o que perfaz um total de 6.850,13 euros por mês.
Curiosamente, e ainda no que ao Banco de Fomento diz respeito, só o ex-secretário de Estado Franquelim Alves aufere um salário conforme com a norma estabelecida: 5.480,10 euros. Todavia, e ao contrário dos seus colegas, o antigo governante recebe despesas de representação.
Já na Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o presidente Pedro Reis, que após um pedido de exoneração será substituído por Miguel Frasquilho, encaixa menos por mês do que Passos Coelho. Mas também menos do que um dos vogais daquela entidade, José Manuel Vital Morgado, cujo salário ascende a 8.011,82 euros.