Dividendos das maiores multinacionais atingem nível recorde

O montante dos dividendos pagos aos acionistas atingiu um novo recorde mundial no primeiro trimestre, graças ao vigor dos setores petrolífero e extrativo, bem como à recuperação económica pós-pandemia, segundo um estudo divulgado na terça-feira.

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Lusa
24/05/2022 06:36 ‧ 24/05/2022 por Lusa

Economia

Recuperação

 

Os investidores receberam mais 11%, no total de 302,5 mil milhões de dólares, um recorde para este período "tradicionalmente mais calmo", segundo um relatório da gestora de ativos Janus Henderson.

Estes números levam mesmo a Janus Henderson a rever em alta de 4,6% as suas previsões para o conjunto do ano, para 1,540 biliões (milhão de milhões) de dólares, isto depois de 2021 já ter sido um ano com valores inéditos.

Os dividendos tinham caído em 2020 e no primeiro trimestre de 2021 devido à pandemia do novo coronavírus.

O documento mostra que "os pagamentos mais do duplicaram" desde 2009, ano em que este estudo foi criado para medir a evolução dos dividendos pagos pelas empresas com as 1.200 maiores capitalizações bolsistas.

Apesar de um contexto da inflação e da invasão russa da Ucrânia, 94% das multinacionais aumentaram os seus dividendos ou mantiveram-nos.

Nos EUA, esta percentagem, foi mesmo de 99%, que compara com 90% um ano antes.

Na Europa, os dividendos na Dinamarca foram muito mais importantes do que era hábito, devido à multiplicação por oito do dividendo anual do grupo marítimo Moller-Maersk, "que beneficiou com a perturbação nas cadeias de aprovisionamento mundiais".

Todos os setores registaram aumentos dos dividendos, mas as indústrias petrolífera, onde os dividendos aumentaram um terço no primeiro trimestre, e extrativa distinguiram-se.

As sociedades extrativas viram os dividendos aumentar em 29,7% e devem pagar em 2022, pela primeira vez, mais de 100 mil milhões de dólares aos acionistas, nas estimativas da Janus Henderson.

O conglomerado mineiro anglo-australiano BHP está "em vias de se tornar o maior pagador de dividendos do mundo em 2022", o que a acontecer ocorreria pelo segundo ano consecutivo, acrescentou-se no documento.

Leia Também: Banco de Portugal 'deu' 406 milhões de euros em dividendos ao Estado

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