Primeiro a pandemia, depois a guerra. Os custos aumentam e as famílias que já sentiam alguma fragilidade financeira nas suas finanças poderão ver a situação agravar-se nos próximos tempos. Importa, por isso, identificar os sinais, de modo a "tentar evitar situações mais complicadas".
A recomendação é do Doutor Finanças, empresa especializada em finanças pessoais, que adianta ainda sete destes sinais. Tome nota:
- Não ter um fundo de emergência - "Um dos principais sinais que revelam a sua fragilidade financeira prende-se com a inexistência de um fundo de emergência. Situações inesperadas acontecem e, por vezes, são bastante dispendiosas. Se não tiver um fundo de maneio para minimizar este impacto repentino, pode colocar a sua segurança financeira em risco";
- Pagamento de contas em atraso - "Não ter as contas em dia é outro dos sinais de instabilidade financeira. Se não for corrigida a tempo, pode ter consequências graves a longo prazo, pois só tende a piorar. Por exemplo, com o aumento dos preços dos produtos e serviços básicos tem de gastar cada vez mais dinheiro. Logo, se já estiver as suas contas em atraso e não conseguir aumentar os seus rendimentos, a dívida será cada vez maior e difícil de reverter";
- Plafond do cartão de crédito ultrapassado - "Um cartão de crédito traz várias vantagens, mas não deve ser utilizado para "gastar o dinheiro que não tem". Caso contrário, vai rapidamente colocar-se numa situação de incumprimento. Ultrapassar o plafond do seu cartão de crédito acarreta não só custos desnecessários, como pode comprometer o pagamento das suas despesas nos meses subsequentes";
- Pede dinheiro emprestado para pagar as despesas? - "Recorrer a familiares ou amigos para pagar as suas despesas é outro sinal que demonstra fragilidade financeira. Embora possa parecer a solução mais simples, pode ter consequências sérias. Ao contrário de um crédito, se pedir dinheiro emprestado a familiares não paga juros e pode ter até mais facilidades de pagamento. No entanto, se não honrar os seus compromissos, pode prejudicar as suas relações familiares";
- Não ter quaisquer poupanças - "Tal como os rendimentos, também as poupanças trazem segurança à sua vida financeira. Por isso, se não tiver atualmente quaisquer poupanças, deve repensar as suas prioridades. Assim, uma das formas mais eficazes de poupar é definir um orçamento";
- Atrasos no salário comprometem os seus pagamentos - "Nem todas as empresas têm liquidez suficiente para pagar os salários no mesmo dia, todos os meses. Logo, é mais um cenário que reforça a necessidade de ter um fundo de maneio. Neste caso, para fazer face a atrasos no salário";
- Retirar dinheiro do seu PPR para pagar despesas - "Recorrer ao dinheiro amealhado no seu PPR para fazer face a emergências é um prenúncio de que algo não vai bem nas suas finanças. Em situações inesperadas, deve recorrer primeiro ao seu fundo de emergência e, só depois, às poupanças".
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