A decisão do Conselho de Administração datada de 28 de março, incluída no relatório e contas, divulgado esta madrugada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), indica que, do lucro individual de 90 milhões de euros em 2021, sejam distribuído 13,6 milhões de euros aos acionistas, num dividendo unitário de 0,0009 euros por cada ação.
A proposta do Conselho de Administração é ainda que seja distribuídos 5,69 milhões de euros aos trabalhadores, sendo que o montante a atribuir a cada funcionário deverá ser fixado posteriormente pela Comissão Executiva e pago junto com o salário de junho.
A administração propõe ainda que passem 9,0 milhões para reforço da reserva legal e o remanescente de 61,8 milhões de euros para resultados transitados.
Em fevereiro, o presidente não executivo ('chairman') do BCP, Nuno Amado, disse que a administração defendia o retomar do pagamento de dividendos, mas que iria propor em assembleia-geral a distribuição de um "valor muito moderado" relativamente a 2021.
"Entendemos que seria bom retomar o pagamento de dividendos relacionados com os resultados de 2021, mas iremos fazê-lo de forma moderada, a atual situação não ajuda", afirmou Nuno Amado na conferência de imprensa de apresentação das contas do BCP de 2021.
A assembleia-geral que decidirá o pagamento dos dividendos decorrerá em 04 de maio.
O BCP tem como principal acionista o chinês Grupo Fosun, com 29,93% do capital social, seguido do angolano Grupo Sonangol, com 19,49%, tendo o fundo Blackrock 2,68% e o Grupo EDP 2,06%, segundo as últimas informações que constam do 'site' do banco (referentes a 30 de junho de 2021).
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