O presidente da Mercadona, Juan Roig, explicou hoje, na apresentação que fez sobre os resultados da empresa em 2021, que os prejuízos em Portugal são normais, visto que têm de ser feitos "muitos gastos" na instalação de "primeiros estabelecimentos" no país, acrescentando que a situação será em breve revertida: "Está dentro das nossas previsões ter estes resultados" em Portugal, assegurou.
A maior cadeia espanhola de supermercados alcançou um volume de vendas em Portugal de 415 milhões de euros em 2021, mais 123% do que em 2020, tendo terminado o ano com 29 superfícies (mais nove).
A empresa revelou que alcançou em Portugal uma quota de mercado de 3% em 2021 e pagou 62 milhões de euros em impostos através da empresa Irmãdona Supermercados, terminando o ano com 2.500 trabalhadores e um investimento de 110 milhões de euros no país.
"A previsão para 2022 é abrir mais 10 lojas em Portugal, tendo em vista a continuidade do seu projeto de expansão no país", avança a empresa em comunicado de imprensa.
De acordo com o presidente da empresa, a Mercadona tem previsto dedicar 150 milhões de euros para investimentos em Portugal durante 2022.
Quanto à totalidade da Península Ibérica, a empresa apresentou lucros de 680 milhões de euros em 2021, uma redução de 6% em relação a 2020, explicado por ter decidido "não repercutir nos seus clientes a subida de custos derivada dos aumentos de preços das matérias-primas na origem, dos transportes e dos preços industriais, que tiveram um impacto de 100 milhões de euros na sua margem operacional".
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