Bosch acompanha "com grande preocupação" e viagens estão suspensas
O grupo Bosch, que tem uma unidade de produção em Krakovets, oeste da Ucrânia, "está a acompanhar com grande preocupação os últimos acontecimentos na região" e adianta que as viagens de negócios para aquele país "foram suspensas".
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Economia Ucrânia
Na sequência do conflito, a Lusa contactou a Bosch em Portugal, uma vez que a Bosch Termotecnologia está presente no mercado ucraniano, tendo obtido uma reação do grupo alemão.
"A Bosch está a acompanhar com grande preocupação os últimos acontecimentos na região e as suas possíveis consequências políticas e económicas", refere o grupo, num comunicado.
"Na esperança de que todos regressem em breve à mesa de negociações para encontrar uma solução diplomática, estamos a tomar todas as precauções necessárias para proteger os nossos colaboradores", adianta, salientando que "as viagens de negócios para a Ucrânia foram suspensas e as viagens domésticas já foram severamente reduzidas por tempo indeterminado".
Em paralelo, "a nossa equipa de gestão de crise está a trabalhar para limitar ao máximo o impacto nos nossos clientes" e "estamos a fazê-lo observando de forma contínua todos os regulamentos atuais e futuros", prossegue.
Atualmente, "o nosso foco está na segurança e proteção de todos os nossos colaboradores na região", asseverou o grupo, que diz compreender "perfeitamente as medidas adotadas até agora pelo Governo alemão e pelos seus aliados".
No ano passado, a Bosch gerou vendas de cerca de 170 milhões de euros na Ucrânia e emprega cerca de 350 colaboradores no país.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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