O petróleo descia mais de 4% esta terça-feira, depois de ter atingido um máximo de sete anos na sessão anterior, com a notícia de que as forças militares russas posicionadas há semanas perto da fronteira ucraniana começaram a regressar às suas bases.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Defesa russo, quando o Ocidente já se preparava para uma iminente operação militar. Este anúncio é o primeiro sinal de um recuo de Moscovo na crise com a Ucrânia e os países ocidentais que dura desde o final de 2021.
De acordo com o Investing, há momentos o Brent deslizava 4,1% para 92,51 dólares por barril, sendo que na segunda-feira chegou a superar o patamar dos 95 dólares com a escalada das tensões.
"A retirada das tropas reduziu a probabilidade de conflito e, por sua vez, o prémio de risco", disse Craig Erlam, da corretora OANDA, citado pela Reuters.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse entretanto que Moscovo está pronta para conversações com Estados Unidos e NATO sobre limites para colocação de mísseis e transparência militar, num novo sinal de desanuviamento da tensão com o Ocidente.
Falando após uma reunião com o chanceler alemão, Olaf Scholz, Putin disse que os Estados Unidos e a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) rejeitaram a exigência de Moscovo de manter a Ucrânia e outras antigas repúblicas soviéticas fora da Aliança Atlântica, parar de enviar armas para perto das fronteiras da Rússia e retirar as forças da organização da Europa de Leste.
No entanto, os Estados Unidos e a NATO concordaram discutir uma série de medidas de segurança que a Rússia tinha anteriormente proposto.
Putin indicou que a Rússia está disposta a iniciar conversações sobre a limitação da instalação de mísseis de médio alcance na Europa, transparência de manobras militares e outras medidas de construção de confiança, mas enfatizou a necessidade de o Ocidente atender às principais exigências de Moscovo.
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