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Transporte público nos 13% apesar da dinâmica entre Póvoa e Vila do Conde

O uso do transporte público na Póvoa de Varzim e em Vila do Conde, concelhos agregados no concurso público de autocarros da Área Metropolitana do Porto (AMP), fica-se pelos 13%, apesar da grande dinâmica pendular entre os territórios.

Transporte público nos 13% apesar da dinâmica entre Póvoa e Vila do Conde
Notícias ao Minuto

09:38 - 09/02/22 por Lusa

Economia Área Metropolitana do Porto

De acordo com um documento de caracterização do sistema de transporte da AMP consultado pela Lusa, Póvoa de Varzim e Vila do Conde são dois concelhos com uma forte dinâmica interconcelhia, já que ambos são o principal destino um do outro em deslocações diárias.

Assim, das cerca de 46 mil viagens pendulares em Vila do Conde (distrito do Porto), ou seja, "deslocações de uma pessoa entre dois pontos do espaço geográfico", normalmente residência e trabalho ou escola, 26% são para a Póvoa.

"O principal destino intermunicipal para trabalhar e estudar dos residentes de Vila do Conde é a Póvoa de Varzim (26%), seguido do Porto (22%), da Maia (15%) e de Matosinhos (13%)", pode ler-se no documento consultado pela Lusa.

No sentido inverso, das cerca de 36 mil viagens pendulares na Póvoa de Varzim (também no distrito do Porto), 38% têm como destino Vila do Conde, sendo o concelho mais representativo, já que é "seguido do Porto, com quase 20% do total das saídas".

No entanto, no total das deslocações pendulares, em Vila do Conde o transporte público é utilizado em apenas 13% dos casos, e na Póvoa de Varzim em 12%.

Os dados constam de uma versão provisória da "Caracterização do Sistema de Transportes em Cada Município" da AMP, feita no âmbito do concurso público para o transporte público rodoviário na região, lançado em janeiro de 2020, e que por esse motivo incluem dados dos Censos de 2011.

Vila do Conde e Póvoa de Varzim estão integrados no lote Norte Poente do concurso público de transporte rodoviário para a AMP, que, segundo o JN, foi ganho pela Auto Viação do Minho.

De acordo com os documentos consultados pela Lusa, a rodoviária minhota concorreu em consórcio com a Transdev (Minho Bus) e a Litoral Norte.

A empresa propôs um preço de 1,47 euros por quilómetro e uma frota de 19 veículos com classe de emissões Euro IV, três veículos Euro V e 48 veículos Euro VI, segundo os documentos da proposta.

Depois de um impasse nos tribunais, o concurso está agora em condições de ser adjudicado, sendo que para Vila do Conde estão previstas 35 linhas de autocarro e para a Póvoa de Varzim 11.

Em Vila do Conde, a percentagem de utilização do transporte individual é de 66%, seguindo-se as deslocações a pé (16%) e em transporte público (13%), existindo ainda uma percentagem significativa de transporte coletivo da empresa ou escola (5%).

Em transporte coletivo, 60% das viagens são no próprio concelho, 35% são para outros municípios da AMP e 5% para fora da região, sendo mais utilizado (cerca de 30%) nas localidades de Ferreiró, Outeiro Maior, Parada e Fornelo, e menos (inferior a 15%) em Mosteiró, Junqueira e freguesia de Vila do Conde.

Na Póvoa de Varzim, o transporte individual vence em 64% dos casos, seguido das deslocações a pé (22%) e do transporte público (12%).

Nas viagens de transporte público, 52% das viagens são feitas no próprio concelho poveiro, 44% têm como destino outros concelhos da AMP e 4% vão para fora da área metropolitana.

A utilização do transporte coletivo na Póvoa ronda os 20% em Laúndos, Terroso, Amorim, Balazar e Estela, mas é inferior a 10% em Beiriz.

O concurso público para operadores privados de autocarros da AMP acaba com um modelo de concessões linha a linha herdado de 1948 e abrange uma nova rede uniformizada de 439 linhas, incluindo bilhete Andante, com a frota de autocarros a dever apresentar "uma imagem comum em todo o território" da AMP.

No entanto, o presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, já adiantou que nalguns lotes que foram a concurso (num total de cinco) "há uma possibilidade de revisão da rede até 10%".

Leia Também: Uso do transporte público nos 20% em Matosinhos, na Maia e na Trofa

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