De acordo com a informação que transmitiu hoje à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola (CNMV), o lucro recorrente, o do negócio que exclui movimentos extraordinários, foi de 5,069 milhões, o mais alto da última década.
Entre as rúbricas extraordinárias que não se voltam a repetir estão os 280 milhões de euros obtidos com a venda da filial do BBVA nos Estados Unidos da América e outras empresas, assim como 696 milhões associados a custos de reestruturação,
Para o presidente do Grupo BBVA Carlos Torres Vila, estes resultados devem-se ao maior rendimento obtido e às menores necessidades de aprovisionamento, e permitem ao banco aumentar "significativamente" a remuneração acionista, com o maior dividendo em dinheiro por ação na última década, de 0,23 euros, que será distribuído em abril.
O banqueiro também anunciou o início da segunda fatia de recompra de ações do banco, depois de a primeira estar concluída, numa operação com a qual pretende adquirir 9,6% do capital, com um investimento de cerca de 3.500 milhões de euros.
Em termos de solvência, o rácio de capital de qualidade máxima CET 1 "fully loaded", que cumpre todos os requisitos regulamentares, melhorou para 12,75%, em comparação com 11,73% em 2020.
Por áreas geográficas, o México continuou a liderar as contribuições para as contas globais do grupo, com um lucro de 2.568 milhões de euros, seguido da Espanha com 1.581 milhões de euros, Turquia com 740 milhões de euros, América do Sul com 491 milhões de euros e o resto das empresas com 254 milhões de euros.
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