O ministro das Finanças, João Leão, adiantou, na semana passada, que a TAP vai receber já esta semana uma injeção de cerca de 530 milhões de euros, depois de Bruxelas ter dado 'luz verde' ao plano de reestruturação da transportadora aérea.
Após o "sucesso da aprovação" do programa de reestruturação, "vamos agora, na próxima semana, injetar mais cerca de 530 milhões de euros na TAP", disse o ministro as Finanças, na altura.
Ora, o jornal ECO dá conta, esta terça-feira, que além dos 536 milhões que vai injetar na companhia este ano, o Governo pretende converter já em capital os 1.200 milhões de financiamento de emergência atribuídos em 2020.
Quer isto dizer que o aumento de capital de 536 milhões será acompanhado da conversão daquele financiamento em capital, o que faz um total de 1.736 milhões.
A nova injeção na TAP, prevista para esta semana, é mais um fator que justifica a diferença de resultados no quarto trimestre de 2021 face ao anterior, conforme explicou João Leão.
"Estes 530 milhões de euros [de injeção na TAP] também ajudam a explicar porque é que no quarto trimestre deste ano o desempenho das contas públicas vai ser diferente deste terceiro trimestre", disse o ministro, assegurando: "No final do ano vamos cumprir mais uma" vez a meta definida do défice.
Na terça-feira, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, esclareceu que os apoios à TAP atingirão o limite de 3.200 milhões de euros, devido a valores já pagos e a outros que ainda irão ser aprovados.
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