A subsidiária do setor das infraestruturas, transportes e serviços urbanos do grupo Ferrovial, a Ferrovial Serviços, comprou o controlo exclusivo de uma sociedade a constituir para a qual serão destacados ativos relativos a uma unidade de negócio autónoma da Hidurbe Serviços.
O Conselho de Administração da Autoridade da Concorrência, segundo aviso publicado no 'site' do regulador, deliberou adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração, considerando que a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste.
A unidade de negócio autónoma da Hidurbe Serviços integra um conjunto de ativos afetos à atividade de índole ambiental, incluindo a limpeza e manutenção de espaços verdes, a recolha e tratamento de resíduos e o autoconsumo fotovoltaico.
A Ferrovial Serviços é subsidiária em Portugal da Cespa de Espanha, que em Portugal fundou em 1994 uma subsidiária no setor do tratamento e reciclagem de lixos, máquinas e instalações.
A operação de concentração foi notificada em meados de novembro à ADC, enquanto decorria a venda à empresa alemã PreZero - propriedade do grupo retalhista alemão Schwarz, propriedade da família com o mesmo nome, que detém e opera as marcas Lidl e Kaufland - do negócio de meio ambiente na Península Ibérica da Ferrovial Serviços, por 1.133 milhões de euros.
Em julho passado, a Ferrovial informou a Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários espanhola (CNMV) do acordo para vender o negócio à PreZero International, obtendo uma mais-valia de 317 milhões de euros, no âmbito da venda da divisão de serviços que a Ferrovial lançou em 2019, incluindo a transferência dos negócios dos segmentos de meio ambiente e empresas de recolha, tratamento e reciclagem de resíduos.
Após esta transação, que se juntou à venda há um ano da empresa australiana Broadspectrum, a Ferrovial Services anunciou que o desinvestimento do resto dos negócios vai continuar no Reino Unido, Espanha, Chile e Estados Unidos, os principais mercados onde a empresa tem atividades neste negócio.
Na última reunião de acionistas realizada em abril, a Ferrovial reconheceu que a venda do negócio de serviços estava a demorar mais do que esperava, mas reforçou estar a trabalhar para completar a alienação ainda este ano.
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