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Setor financeiro britânico ansioso por acordo com União Europeia

O impacto do Brexit foi menor do que esperado, mas o setor financeiro britânico continua ansioso por um entendimento entre o Governo britânico e a União Europeia (UE), afirmou hoje a diretora política da "City" de Londres. 

Setor financeiro britânico ansioso por acordo com União Europeia
Notícias ao Minuto

12:04 - 13/12/21 por Lusa

Economia Brexit

"Registámos alguma realocação de empresas e ajustes na maneira como operam, mas as previsões de que dezenas de milhares de empregos iriam sair do Reino Unido acabaram por ser falsas. Alguns milhares de empregos mudaram, mas também houve empregos criados", disse, numa conferência de imprensa.

Porém, para responsável da City of London, bairro londrino onde se concentra a maioria do setor financeiro britânico, continua a ser uma prioridade o acesso dos serviços financeiros ao mercado único europeu, o segundo maior destino de serviços financeiros britânicos. 

"É muito importante que continuemos a procurar relações mais estreitas com os nossos vizinhos europeus, especialmente quando se trata de serviços financeiros e profissionais. [...] Aguardamos com expetativa a ativação do memorando de entendimento que abranja o setor o mais rápido possível", vincou McGuiness.

Em 01 de janeiro entrou em vigor o Acordo de Comércio e Cooperação UE-Reino Unido, mas o setor dos serviços financeiros não foi incluído. 

Em novembro, a Comissária Europeia responsável pela pasta, Mairead McGuinness, anunciou que o prolongamento, até junho de 2022, para bancos europeus possam negociar em Londres, onde funcionam as principais câmaras de compensação [clearing houses].

McGuiness admitiu que as negociações para chegar a um acordo que dê ao setor o chamado estatuto de equivalência para o comércio de derivados financeiros têm sido afetadas pela "tensão política" entre Londres e Bruxelas. 

As duas partes continuam num impasse para resolver problemas na circulação de mercadorias na Irlanda do Norte, além de desentendimentos em questões como as pescas e migrações. 

"Quanto mais cedo encontrarmos uma forma pragmática de avançar e construir pontes com os nossos amigos da UE, melhor. [...] Estamos muito interessados em construir relações pragmáticas e manter conversas sobre questões de interesse comum", vincou, no evento organizado pela Associação de Imprensa Estrangeira no Reino Unido. 

Na semana passada soube-se que os Estados Unidos ultrapassaram a UE como principal destino das exportações de serviços financeiros da 'City' de Londres, após uma queda nos negócios com o bloco comunitário durante 2020, segundo dados divulgados pela organização TheCityUK.

O valor total dos serviços financeiros que o Reino Unido prestou ao estrangeiro manteve-se estável no ano passado, em 82.400 milhões de libras (96.200 milhões de euros), mas o volume para a UE caiu 6,6%, para 24.700 milhões de libras (28.800 milhões de euros).

A 'City' é a grande responsável por o Reino Unido ser líder mundial na exportação de serviços financeiros, à frente dos Estados Unidos e Suíça, movimentando anualmente 64.000 milhões de libras (75.600 milhões de euros). 

O Reino Unido também oferece serviços marítimos, jurídicos, seguros e outro tipo de serviços financeiros, mas a saída da UE resultou também no fim do acesso deste setor ao mercado único europeu. 

Leia Também: Brexit. França continua a exigir ao Reino Unido 81 licenças de pesca

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