SDR quer investir no sistema de depósito e reembolso de embalagens

A associação SDR Portugal estima investir 100 milhões de euros na implementação do sistema de depósito e reembolso de embalagens de bebidas, com a instalação de 3.600 máquinas de venda reversa.

Bloco quer metade das bebidas em embalagens reutilizáveis em 2030

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Lusa
07/12/2021 13:50 ‧ 07/12/2021 por Lusa

Economia

Investimento

A associação SDR Portugal estima investir 100 milhões de euros na implementação do sistema de depósito e reembolso de embalagens de bebidas, com a instalação de 3.600 máquinas de venda reversa.

Esta associação pretende criar e gerir o Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) das embalagens de bebidas não reutilizáveis de plástico, metal ou vidro.

Neste sentido, conforme anunciou em comunicado, a SDR vai candidatar-se à licença ou concessão de gestão, constituindo-se entidade gestora do sistema.

Com a implementação deste sistema, "a SDR Portugal perspetiva um investimento superior a 100 milhões de euros, dos quais 70 milhões de euros deverão ser realizados nos primeiros dois anos", período que corresponde ao prazo mínimo de implementação do sistema, após a atribuição da licença ou concessão.

"Em todo o território nacional, o sistema proposto prevê implementar 3.600 máquinas de venda reversa, equipamento de retoma com tecnologia integrada que permite a aceitação de embalagens usadas", lê-se no comunicado.

Além da instalação de máquinas nas grandes superfícies de retalho (2.600), o sistema tem ainda como propósito recolher embalagens depositadas em mais de 90.000 pontos a instalar no comércio tradicional e no canal HORECA (Hotéis, Restaurantes e Cafés).

Este sistema pretende assim incentivar os cidadãos a devolverem as embalagens de uso único, garantindo a "máxima eficiência do encaminhamento para a reciclagem, evitando um desperdício de recursos e prevenindo a incineração e/ou aterro de resíduos após consumo".

Citado no mesmo documento, o presidente da SDR Portugal, Leonardo Mathias, afirmou que o objetivo passa por "contribuir para uma mudança efetiva dos comportamentos dos cidadãos/consumidores, estimulando uma maior participação na separação dos resíduos e um aumento na quantidade e na qualidade da matéria reciclável".

Leonardo Mathias disse acreditar que o sistema trará "benefícios evidentes" para o setor, para as pessoas e para ambiente, garantindo ainda que o tratamento será igual para todos os clientes.

"Através de um modelo disruptivo que permite, em menos de dois anos, inverter o ciclo de estagnação observado há muitos anos na recolha seletiva de embalagens, Portugal poderá atingir as metas [de reciclagem] a que está obrigado", acrescentou.

De acordo com a associação, o modelo proposto é "mais eficiente" e permite um "melhor aproveitamento" dos recursos.

A associação SDR Portugal é constituída pela Coca-Cola, Central de Cervejas, Sumol+Compal, Super Bock Group, Unilever, Auchan, Intermarché, Lidl, Pingo Doce e SonaeMc.

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