Mais de 60% das empresas contra pagamento das despesas do teletrabalhador

Mais de 60% das empresas discorda do pagamento obrigatório das despesas de energia e Internet dos trabalhadores em teletrabalho e quase 80% contesta o alargamento do teletrabalho sem acordo do empregador aos pais de filhos até oito anos.

teletrabalho, pandemia, coronavírus

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Lusa
02/12/2021 13:51 ‧ 02/12/2021 por Lusa

Economia

teletrabalhador

 

Segundo os resultados do mês de novembro do inquérito da Associação Empresarial de Portugal (AEP) junto de 320 empresas associadas de vários setores de atividade e de todo o país, 37% está também contra (23% discorda totalmente e 14% discorda) as novas regras do teletrabalho que preveem que o empregador "tem o dever de se abster de contactar o trabalhador no período de descanso, ressalvado as situações de força maior".

Relativamente ao pagamento obrigatório de despesas com o teletrabalhador, nomeadamente energia e Internet (ainda que dedutíveis pela empresa), 29% dos inquiridos disse discordar totalmente e 33% afirmou discordar.

Já quanto ao alargamento do teletrabalho, sem acordo do empregador, a pais com filhos até oito anos, 26% das empresas ouvidas disseram discordar totalmente e 52% manifestaram discordar.

As conclusões do inquérito mensal da AEP apontam ainda que quase metade (46%) das empresas estão a laborar em regime totalmente presencial, encontrando-se 38% num modelo híbrido, mas maioritariamente em trabalho presencial.

No que se refere ao desempenho, 39% já atingiu o volume de negócios pré-pandemia e 15% espera fazê-lo até ao final deste ano, sendo que 19% aponta como meta o primeiro semestre de 2022, 12% o final de 2022 e 15% apenas a partir de 2023.

No que respeita às exportações, são menos (34%) as empresas que já atingiram os níveis de 2019, afirmando 22% que tal só deverá acontecer no primeiro semestre de 2022, enquanto outros 22% apontam o final do próximo ano e outros 22% apenas a partir de 2023.

Relativamente às principais dificuldades ao bom desenvolvimento da atividade, os custos e falta das matérias-primas e os custos dos transportes e da energia são apontados como os grandes problemas que as empresas enfrentam, e que se agravam no caso das empresas industriais (indústria transformadora).

Segue-se a falta de mão de obra especializada e o acesso ao crédito bancário e a mecanismos de capitalização.

Em relação às expectativas relativamente à evolução da pandemia durante os próximos três meses, há um pessimismo maior das empresas a nível do contexto mundial do que relativamente a Portugal.

Já sobre a previsão de investimento para o próximo ano, embora os empresários prevejam investir em todas as áreas, prevalece o investimento em inovação, tendo as empresas a expectativa de que o PT 2030 venha a apoiar o financiamento dos seus projetos de investimento.

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