"Défice de mão-de-obra" deve ter resposta "estrutural"
O presidente executivo da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, sublinhou hoje o problema da falta de mão-de-obra com que Portugal e muitos outros países europeus se debatem, defendendo a tomada de medidas que permitam uma resposta estrutural.
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Economia Gonçalo Moura Martins
"Há défice de mão-de-obra" a que se deveria responder de forma estrutural com recurso nomeadamente a políticas de imigração, precisou o gestor, identificando aquele défice como o principal problema que o mercado europeu, em geral, e o português, em particular, enfrenta.
Gonçalo Moura Martins falava na sessão de apresentação dos resultados da Oferta Pública de Obrigações (concretizada através de duas ofertas públicas de troca e de uma oferta pública de subscrição), que decorreu hoje na Euronext Lisbon, através da qual a Mota-Engil alcançou 110 milhões de euros, com a procura a ascender a 155 milhões de euros.
Questionado sobre a situação de instabilidade causada pela pandemia -- impulsionada com o aparecimento de uma nova variante -- o CEO da Mota-Engil afirmou acreditar que o mundo "não vai viver momentos tão difíceis como já viveu no passado", tendo em conta as vacinas e o surgimento de novos medicamentos contra a covid-19 e mostrou-se otimista face ao futuro.
"Estamos em franca recuperação e a atingir os níveis pré-pandemia em muitos indicadores", precisou, indicando que em alguns a perspetiva é até de ultrapassar os níveis de registados antes de 2020.
Relativamente à subida dos preços dos combustíveis e ao impacto nos calendários das obras por atrasos nas entregas, devido à escassez de matérias-primas, o presidente executivo da Mota-Engil reconheceu que a empresa não é imune ao mercado.
A escassez de materiais que se sentem em alguns mercados e o aumento de preços de matérias-primas que são estruturantes para a atividade da empresa, disse, estão a ser acompanhados, mas sem grande apreensão.
"Neste momento não se nos apresenta um panorama que nos deixe muito apreensivos", mas "estamos a acompanhar", referiu, acentuando que um dos problemas mais estruturais está no défice de mão-de-obra, que "é hoje mais real do que em 2019" e que se acentuou com a mobilidade de alguns setores da população ativa.
Neste contexto exemplificou com o caso da mão-de-obra da construção civil, com muitos trabalhadores a virarem-se para outros países europeus, como o Luxemburgo.
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