O presidente do grupo empresarial, Jörg Wuttke, previu, num encontro com jornalistas, que a situação é "desanimadora", face à escassez de energia, que tem causado apagões em áreas residenciais em algumas regiões do nordeste do país.
A escassez, explicou o representante das empresas europeias na China, deve-se a fatores ambientais, como inundações - que obrigaram ao encerramento de minas de carvão em importantes áreas produtoras - ou outros "auto - infligidos", incluindo os limites da produção de carvão impostos pelos objetivos para o clima e a existência de um preço regulado da eletricidade.
A subida de preço do carvão tornou a produção de energia economicamente inviável para as empresas produtoras. "Muitas minas de carvão foram fechadas" também como parte de uma campanha para garantir a sua segurança e reduzir o número de acidentes, apontou Wuttke.
A Câmara de Comércio não possui um mecanismo que permita monitorar diariamente a situação das empresas, pelo que não há ainda estimativa de qual será o custo económico para as empresas afetadas.
O grupo empresarial continua em contacto com o Governo chinês, que, segundo Wuttke, "está realmente a tentar garantir que as cadeias de abastecimento permanecem estáveis".
A China anunciou recentemente uma desregulação parcial dos preços da eletricidade vendida aos fabricantes.
Pequim pediu ainda às minas de carvão que aumentem a produção diária, para um mínimo de 12 milhões de toneladas -- um valor recorde. Várias províncias chinesas têm também prosseguido com a construção de novas unidades fabris termoelétricas a carvão.
O Presidente chinês, Xi Jinping, reafirmou, no entanto, no mês passado, na Assembleia das Nações Unidas, os compromissos chineses para o clima: neutralidade carbónica "antes de 2060" e atingir o pico das emissões "antes de 2030".
Leia Também: Líderes da UE instam Comissão a avaliar "medidas adicionais" na energia