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Proposta laboral "não dá resposta", diz a CGTP. Patrões também não apoiam

A proposta do Governo não agrada nem às estruturas que representam os trabalhadores nem aos patrões. Perante as críticas, a ministra do Trabalho reiterou que a proposta do Governo faz um "equilíbrio" entre as várias posições e estabelece como prioridade os jovens.

Proposta laboral "não dá resposta", diz a CGTP. Patrões também não apoiam
Notícias ao Minuto

13:59 - 20/10/21 por Notícias ao Minuto

Economia CGTP

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, disse esta quarta-feira, no final da reunião da Concertação Social, que a proposta do Governo que prevê alterações à legislação laboral "não dá resposta" aos "grandes problemas". A proposta também não agrada aos patrões, que consideram que todas as medidas são "contra as empresas". Já a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, defende que a proposta do Governo é "equilibrada" e tem os jovens como prioridade. 

"Para a CGTP, este conjunto de medidas que aqui foi hoje apresentado em modelo final, digamos assim, não dá resposta áquilo que são os grandes problemas e que essas respostas garantiriam a dignidade ao trabalho e aos trabalhadores. Assim, mantemos a mesma situação, resolvendo ou colocando um paliativo em algumas matérias, mas que não resolve o problema de fundo", referiu Isabel Camarinha, em declarações aos jornalistas.

"As prioridades da CGTP estão bem definidas", disse Isabel Camarinha, explicando que são as prioridades que os funcionários "sentem" que são necessárias.

"A questão da precariedade é fundamental. Ora, não há da parte do Governo o assegurar de que a um posto de trabalho permanente corresponde um vínculo de trabalho efetivo e isso, na nossa ótima, tinha que ficar garantido", exemplificou a líder da CGTP. 

Também à saída do encontro, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, disse que "há aqui uma conjugação com o calendário do OE que prejudica uma discussão salutar em torno de muitas das medidas da agenda do trabalho digno, mas mantêm-se nessa agenda as medidas que a CAP considerou como linhas vermelhas, sobre as quais não há se quer possibilidade de dialogar".

Por seu turno, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, expressou ao Governo "que é uma coincidência esta agenda do trabalho digno ter vindo a aumentar o número de medidas, coincidentemente à medida que o Governo tem vindo a negociar com os partidos da extrema esquerda a aprovação do OE. É mais uma situação que, na nossa opinião, não faz sentido. Somos contra, todas as medidas vêm contra as empresas e não a favor das empresas e, portanto, neste momento é um documento que não podemos apoiar". 

Também em conferência de imprensa, a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, disse que a proposta do Governo de alterações à lei laboral é "equilibrada" e procura encontrar um "equilíbrio entre as várias posições" dos parceiros sociais. A governante sublinhou ainda que a prioridade são os jovens. 

A reunião da Concertação Social, que contou hoje com a presença do primeiro-ministro, acontece nas vésperas do Conselho de Ministros de e a uma semana da votação na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), cuja viabilização não está assegurada, uma vez que tanto o BE como o PCP ameaçaram votar contra o documento caso não haja mudanças.

Leia Também: Proposta de alterações à lei laboral é "equilibrada", defende ministra

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