Potencial de Aquecimento Global diminuiu 4,7% em 2019

O Potencial de Aquecimento Global diminuiu 4,7% em 2019 e o de Acidificação 1,8%, enquanto a atividade económica continuou a crescer, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE) ao divulgar a Conta das Emissões Atmosféricas.

O aquecimento global existe e tem estas consequências para o Planeta

© Getty Images

Lusa
13/10/2021 12:58 ‧ 13/10/2021 por Lusa

Economia

INE

 

O potencial de formação de ozono troposférico aumentou 0,2%, segundo a mesma fonte.

"À semelhança do ano anterior, observou-se um decréscimo do Potencial de Aquecimento Global e um crescimento da atividade económica (em 2019 o Valor Acrescentado Bruto cresceu, em termos reais, 2,6%). Esta dissociação refletiu simultaneamente as reduções da intensidade energética e da relação entre emissões e a procura de energia", lê-se no documento do INE.

O Potencial de Aquecimento Global atingiu 66,2 milhões de toneladas de equivalente de CO2 em 2019, um resultado determinado pelo comportamento das emissões de Dióxido de Carbono (CO2), dado que as emissões dos restantes gases aumentaram, de acordo com a análise do INE.

O ramo de atividade económica que mais contribuiu para este potencial foi a energia, água e saneamento (25,2%), como vem acontecendo desde 1998. Relativamente a 2018, este foi também o ramo de atividade que mais reduziu as emissões (-22,3%).

Os setores da energia, água e saneamento e indústria perfazem no total 53,4% das emissões de CO2. A Agricultura, a silvicultura e a pesca emitiram as maiores quantidades de metano e óxido nitroso (75,7% e 48,5%, respetivamente).

"Em 2019, a Intensidade Carbónica da economia portuguesa foi a menor desde 1995, tendo decrescido 7,1% relativamente ao ano anterior. Entre 2010 e 2019, decresceu 13,1%", referem os técnicos no relatório hoje divulgado.

A diminuição da intensidade das emissões em 2019 deveu-se, essencialmente, à redução observada na energia, água e saneamento (-19,1%). "Contudo, no período compreendido entre 2010 e 2019, na energia, água e saneamento foi onde se registou a menor diminuição da intensidade das emissões (-3,0%), em comparação com os decréscimos na indústria (-21,4%), na construção (-10,4%), na agricultura, silvicultura e pesca (-6,4%) e nos transportes, informação e comunicação (-3,2%)", refere o INE.

Apesar do aumento do peso da produção de energia eólica e solar fotovoltaica desde 2005, a fonte hídrica "continuou a apresentar um peso significativo" na produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.

Mesmo com uma grande redução da produção da energia hídrica (-24,1%) devido às condições climatéricas, a dissociação refletiu "a forte redução do consumo de carvão", que diminuiu 48,1% relativamente ao ano anterior, ao mesmo tempo que as produções de energias eólica, geotérmica e fotovoltaica aumentaram, no conjunto, 9,5%.

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