"A África subsaariana deverá emergir da recessão de 2020 motivada pela covid-19 com um crescimento de 3,3% em 2021, que é um ponto percentual acima da previsão feita em abril", lê-se no relatório, hoje divulgado em Washington, nas vésperas dos Encontros Anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Esta recuperação é alimentada pelos elevados preços das matérias-primas, um relaxamento das medidas contra a pandemia e uma recuperação do comércio global, mas continua vulnerável devido às baixas taxas de vacinação do continente, ao prolongado prejuízo económico e ao ritmo lento da recuperação", acrescenta-se no documento.
Para os dois próximos anos, o crescimento económico na região continuará abaixo dos 4%, o que significa que estas economias "vão continuar atrás da recuperação nas economias mais avançadas e nos mercados emergentes, refletindo o baixo investimento na África subsaariana".
A baixa taxa de vacinação na região, à volta dos 3%, é uma das razões apontadas, disse o economista-chefe do Banco Mundial para África, citado na apresentação do documento.
"Um acesso justo e abrangente a vacinas eficazes e seguras é determinante para salvar vidas e fortalecer a recuperação económica de África. Uma mobilização mais rápida de vacinas iria acelerar o crescimento da região para 5,1% em 2022 e 5,4% em 2023, com o levantamento de mais medidas de confinamento, aumentando o consumo e o investimento", escreveu Albert Zeufack.
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