Cada moçambicano ganha em média 26 euros por mês

Cada moçambicano recebe em média 26 euros por mês e trabalha sobretudo por conta própria na agricultura, segundo o mais recente inquérito do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Metical desvalorizou-se em relação ao euro em semana mais curta

© Lusa

Lusa
27/09/2021 12:29 ‧ 27/09/2021 por Lusa

Economia

INE

 

"dummyPub">

"Em termos médios per capita, os dados mostram que a receita mensal se situou na casa dos 1.946 meticais (26 euros)", lê-se no relatório final do Inquérito sobre Orçamento Familiar 2019/20, hoje consultado pela Lusa.

"As regiões administrativas de Cidade de Maputo, Maputo Província e Tete apresentaram os níveis mais altos - o rendimento médio per capita duplica em Maputo - e os mais baixos foram registados nas províncias de Gaza, Cabo Delgado e Zambézia" para uma população total do país estimada a rondar 30 milhões de pessoas, nota-se no documento.

Enquanto no meio rural 75% das receitas são provenientes de trabalho por conta própria, no meio urbano o trabalho assalariado assume preponderância, ascendendo a 61%.

O relatório também realça que os agregados familiares são mais numerosos nalgumas províncias (Sofala, Manica e Gaza, com cinco ou mais pessoas por agregado), pesando mais na distribuição do rendimento, e mais reduzidos noutras (Maputo Cidade, Maputo Província e Tete, com menos de cinco).

"Os dados mostram que a receita média mensal por agregado familiar foi estimada em 8.916 meticais, em termos nacionais", ou seja, 119 euros por família.

O ramo da agricultura, silvicultura e pesca absorve cerca de 73% da população empregada.

O retrato é transversal a todas as províncias, com exceção de Maputo Província e Maputo Cidade: "regista-se mais de 65% da população empregada exercendo as suas atividades económicas no ramo da agricultura, silvicultura e pesca".

Na capital, "a população está, maioritariamente, ocupada no ramo de comércio e finanças e outros serviços".

A população empregada, por conta própria, sem empregados, representa cerca de 71% do total da população ocupada, contra 64,0% no inquérito 2014/15.

As receitas analisadas incluem rendimentos laborais, vendas, outros negócios, arrendamentos, autoconsumo (produtos agrícolas, pecuários, lenha, carvão e outros) e receitas extraordinárias, como jogos ou heranças.

Apesar das dificuldades assumidas no relatório em medir a taxa de desemprego, no documento estima-se que caiu de 20,7% no relatório de 2014/15 para 17,5% em 2019/20.

"Maputo Província e Maputo Cidade registam as mais elevadas taxas de desemprego ao nível do país, com 31,6 % e 37,1%, respetivamente", sendo que, do lado oposto, a taxa de desemprego mais baixa "regista-se na província da Zambézia, na ordem de 10,7%".

A medição do desemprego "tem sido muito difícil nas condições socioeconómicas dos países em desenvolvimento", lê-se no relatório, tendo em conta a "maior intensidade de atividades económicas de caráter informal e, também, pelo facto de a maioria das pessoas, mesmo que não tenha posto de trabalho, ter de praticar alguma atividade para sua subsistência", conclui-se.

Leia Também: PSP (ainda mais) atenta à condução sob o efeito de álcool em Lisboa

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas