Confederação do Turismo quer reunião com Governo devido a greve no SEF
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) vai pedir uma reunião urgente ao Governo por causa da greve dos trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), considerando que é "inadmissível", segundo um comunicado.
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"Perante o anúncio da greve a partir de amanhã [sábado], dia 14, até ao dia 31 de agosto, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) apela ao entendimento entre o Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIF) e o Governo", lê-se na mesma nota.
De acordo com o presidente da CTP, Francisco Calheiros, a "realização de uma greve dos trabalhadores do SEF nesta altura do ano, principal período de férias, e num momento em que o turismo atravessa uma das suas principais crises", é "irresponsável e lesa a economia".
"Respeitamos o direito à greve, mas não podemos admitir que mais uma ação desta natureza venha prejudicar a atividade turística, que tem sido fortemente penalizada pela pandemia", referiu o líder associativo.
A CTP irá, por isso, pedir uma reunião urgente com o Governo.
"Tudo faremos para evitar uma paralisação dos serviços do SEF, ainda que parcial. Apelamos ao diálogo e a um entendimento urgente", assegurou Francisco Calheiros.
Os funcionários da carreira de investigação e fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que trabalham nos principais postos de fronteira do país começam no sábado uma greve parcial que vai durar até ao final do mês, anunciou o sindicato, na quinta-feira.
Em comunicado, o Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras explicou que esta greve parcial decorre da falta de resposta do Governo quanto aos direitos destes inspetores na sequência da aprovação da proposta de lei que "prevê a dispersão de competências policiais do SEF pela PJ, PSP e GNR".
Fonte do sindicato adiantou à Lusa que a greve parcial será de duas horas por dia.
A ANA - Aeroportos de Portugal alertou hoje para a possibilidade de tempos de espera mais elevados nos aeroportos a partir de sábado e até ao final do mês, devido à paralisação.
Numa resposta escrita enviada à Lusa, a gestora referiu que "devido à greve convocada pelo SIIFF, Sindicato do Serviço Estrangeiros e Fronteiras, de 14 a 31 de agosto, nas horas de maior tráfego internacional, são expectáveis tempos de espera elevados no controlo de fronteira dos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal, Porto Santo e Ponta Delgada".
A empresa garantiu que "fará tudo o que estiver ao seu alcance para mitigar os constrangimentos causados aos passageiros, a quem agradece desde já pela compreensão e colaboração".
A ANA pede ainda aos passageiros para que "sempre que possível" e quando tiverem como destino países fora do espaço Schengen se dirijam "mais cedo ao embarque".
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