AIE alerta para aumento da utilização de combustíveis fósseis

A procura mundial de eletricidade está a crescer mais rapidamente do que a utilização de energias renováveis, ampliando a utilização de combustíveis fósseis, especialmente carvão, que são as principais fontes de aquecimento global, afirmou hoje a AIE.

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Lusa
15/07/2021 11:38 ‧ 15/07/2021 por Lusa

Economia

Combustíveis

 

Com a recuperação económica, a procura de eletricidade deverá crescer 5% em 2021, um aumento do qual quase metade será satisfeito por combustíveis fósseis, gás, mas especialmente carvão, o que "levará as emissões de CO2 do setor da eletricidade para níveis recorde em 2022", salienta o relatório semestral da AIE (Agência Internacional de Energia) sobre o mercado da eletricidade.

A Ásia - especialmente a China e a Índia - está a impulsionar a maior parte da procura de energia, que deverá crescer 5% este ano e 4% no próximo ano, depois de cair 1% em 2020 devido à pandemia.

A quota das energias renováveis (barragens, eólicas, solares, etc.) deverá crescer fortemente, cerca de 8% em 2021 e 6% em 2022, estima a AIE com base nas principais tendências económicas e medidas nacionais conhecidas.

Mas espera-se que as energias renováveis cubram apenas metade da procura adicional projetada. Cerca de 45% serão cobertos por combustíveis fósseis (40% em 2022), o restante por energia nuclear.

Como resultado, espera-se que as emissões de CO2 do setor elétrico, depois de terem diminuído nos últimos dois anos, aumentem 3,5% em 2021 e 2,5% em 2022, para um nível recorde.

"A eletricidade renovável está a crescer de forma impressionante em muitas partes do mundo, mas ainda não o suficiente para nos colocar num caminho de emissões líquidas zero até meados do século", diz Keisuke Sadamori, diretor de mercados e segurança energética da AIE.

"Para avançarmos para um caminho sustentável, precisamos de aumentar maciçamente o investimento em tecnologias limpas, especialmente nas energias renováveis e na eficiência energética. Se o mundo quiser alcançar a neutralidade de carbono até 2050, deve começar por reduzir as emissões no setor da eletricidade, o setor mais fácil de descarbonizar", adianta a AIE no relatório.

Para a AIE, isto significa que a produção a partir do carvão, o combustível mais quente de todos, deve cair mais de 6% ao ano até 2020-25, mas nesta fase espera-se que cresça 5% este ano e 3% em 2022, estima a agência.

 

Leia Também: "Oligopólio informal". Afinal, de quem é a culpa nos combustíveis?

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