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Empresários algarvios querem discriminação positiva para certificado

Empresários do setor da hotelaria no Algarve pediram hoje o avanço da vacinação e testagem em massa na região, assim como uma discriminação positiva para os portadores de certificado digital, reivindicações que vão entregar ao Governo.

Empresários algarvios querem discriminação positiva para certificado
Notícias ao Minuto

11:49 - 02/07/21 por Lusa

Economia Covid-19

"Testagem e vacinação em massa tem de ser uma das bandeiras do nosso Governo e passar os certificados digitais para que as pessoas poder fazer a sua vida", afirmou à Lusa Miguel Gião, após uma reunião que juntou em Faro representantes do setor da restauração, hotelaria e comércio.

O empresário, membro da direção da Associação Cultural e Ativista da Baixa de Faro (OCAB), apontou que o Algarve é das região com a vacinação "mais atrasada", o que pode estar a contribuir para a atual situação, onde vários concelhos estão em risco elevado ou muito elevado de contágio.

"Precisávamos de uma vacinação em massa para quem trabalha com o turismo, porque lidam com pessoas de diversos países e deveriam ser convocados, tal como aconteceu com os professores", defendeu.

O dirigente sublinhou que as vacinas estão "disponíveis e ilimitadas na região de Lisboa", mas, numa altura em que os turistas afluem à região, seria necessário "um reforço no Algarve".

Miguel Gião queixa-se que só em Faro há possibilidade para vacinar cerca de 1.000 pessoas por dia, mas "só chegam 300 vacinas".

Outras das propostas saídas da reunião é a discriminação positiva para quem tenha o certificado digital covid-19, para que estas pessoas possam "permanecer nos locais depois da hora que os outros teriam que recolher".

Para os empresários, este seria um incentivo para que "quem quisesse manter a sua liberdade" e usufruir dos espaços nos horários normais "se fosse vacinar".

A revisão dos cálculos da matriz de risco é outra das reivindicações destes setores - defendida também por vários autarcas algarvios --, para que os turistas sejam somados aos residentes no concelho quando se calcula a incidência.

As previsões para o verão são muito negativas, já que quem reservou "está a cancelar" e muitas pessoas "não vão marcar férias", lamentou Miguel Gião.

"Temos o verão praticamente condicionado. Vamos para o quarto inverno seguido na região e o reforço que se esperava neste verão não vai acontecer. Vai ser um inverno muito, mas muito duro. Recuperação talvez em maio de 2022", realçou.

O dirigente dá o exemplo de uma empresa com 27 restaurantes e dois hotéis em Albufeira onde "a refeição de muitos dos funcionários é a que tomam no local de trabalho" e, ao final do dia, "levam a ceia para comer em casa".

"Já estamos a falar de fome, é muito complicado", lamentou.

Na reunião estiveram presentes dirigentes da Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA), Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), Associação de Empresários Por Quarteira (AEPQ), Associação de Bares e Restauração de Loulé (ABRL), Associação Empresários Quarteira Vilamoura, Associação PRO.VAR e OCAB.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.949.567 mortos no mundo, resultantes de mais de 182,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.101 pessoas e foram confirmados 882.006 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: França a considerar obrigação de vacinação para profissionais de saúde

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