Sindicato considera que greve na Heineken "cumpriu objetivo"

A greve dos trabalhadores da Heineken, que hoje termina, "cumpriu o seu objetivo", mas os trabalhadores vão voltar a reunir-se em plenário face à ausência de respostas por parte da empresa, adiantou à Lusa o sindicato.

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Lusa
16/06/2025 19:07 ‧ há 4 horas por Lusa

Economia

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"A adesão cumpriu aquele que era o nosso objetivo. A fábrica, ao nível dos seus 327 trabalhadores, parou completamente", afirmou Rui Matias, do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), em declarações à Lusa.

 

Contudo, os trabalhadores ainda não receberam qualquer resposta por parte da empresa e, por isso, vão voltar a reunir-se em plenário para decidirem quais as próximas formas de luta a adotar.

O calendário para a realização destes plenários ainda não está fechado.

"Os trabalhadores mostraram que fazem greve por necessidade e não por capricho [...]. Estes trabalhadores não vão parar", assegurou o sindicalista.

Os trabalhadores do Grupo SCC - Sociedade Central de Cervejas e bebidas / Heineken iniciaram a greve em 31 de maio, perante a "irredutibilidade da empresa" quanto à não negociação do caderno reivindicativo, que foi apresentado no final do ano passado.

Os trabalhadores reivindicam um aumento salarial de 10%, no mínimo de 100 euros, a valorização dos subsídios de refeição, de turno e de laboração contínua.

O Sintab disse, em comunicado divulgado no dia 16 de maio, que a empresa aplicou, de forma unilateral, um aumento salarial de 4%, que os trabalhadores defendem ser insuficiente.

O contrato coletivo de trabalho da SCC Heineken abrange todas as empresas do grupo, exceto a Novadis, cujos trabalhadores vão estar em greve entre 18 e 25 de junho.

Desde 2021, as empresas do grupo fundiram-se e a SCC juntou outras empresas como a Água e Termas do Luso, Água Castello e a Hoppy House Brewing.

Os trabalhadores da Novadis enviaram à empresa um caderno reivindicativo, no qual exigem a aplicação do contrato coletivo de trabalho que vigora nas restantes empresas do grupo, o fim "da discriminação nos aumentos salariais", um aumento mínimo de 150 euros, com garantia do salário mínimo nos 1.000 euros, 25 dias de férias e 35 horas semanais.

"Também aqui, a empresa ignorou, tendo-se recusado a negociar o que quer que seja, aplicando aumentos salariais anémicos negociados com a UGT que não representa nenhum trabalhador", denunciou, na altura.

Leia Também: Trabalhadores da mina de Neves-Corvo em greve por mudanças nos turnos

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