"Se se observar o nosso balanço, temos 500 mil milhões (de dólares, 413 mil milhões de euros) em liquidez. De facto, temos estado a acumular liquidez, esperando a oportunidade de investir a taxas mais altas", disse Dimon, durante uma videoconferência.
Para este banqueiro, a inflação nos EUA não é um fenómeno passageiro e vai levar a taxas de juro mais elevadas, cenário para o qual diz estar preparado.
"Temos muita liquidez e capacidade e vamos ser muito pacientes, porque creio que há muitas possibilidades de a inflação ser mais do que transitória", adiantou.
O debate sobre a subida dos preços nos EUA tem aumentado nas últimas semanas, depois de se saber que o índice de preços no consumidor em maio aumentou 0,6% em termos mensais e cinco por cento em termos anuais, o valor mais alto desde agosto de 2008.
E se se excluírem os índices mais voláteis -- energia e alimentação -, a inflação subjacente foi de 0,7%, em termos mensais, e a anual de 3,8%, a maior desde 1992.
Porém, a Reserva Federal tem refutado a existência de pressões inflacionistas no país devido ao extraordinário estímulo orçamental e ao aumento da procura, à medida que se levantam as restrições, graças à melhoria da situação sanitária.
O seu presidente, Jerome Powell, tem reconhecido que se vão ver fortes subidas de preços, mas que serão de caráter "transitório", pelo que não prevê alterar, até ao final do ano, as taxas de referência do banco central, atualmente situadas no intervalo entre zero e 0,25%.