De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), "o impacte estimado da atualização da tarifa de energia para os consumidores do mercado regulado é de 3%, em relação aos preços em vigor, no total da fatura de eletricidade (com IVA)", o que se traduz num aumento de cerca de 1,05 euros na fatura média de um casal sem filhos (com potência contratada de 3,45 kVA) e de 2,86 euros para o consumo de um casal com dois filhos (potência de 6,9 kVA).
Em comunicado, a ERSE adianta que, "atendendo à redução de -0,6% ocorrida em janeiro, com esta atualização, a variação tarifária média anual entre 2021 e 2020 será cerca de 0,9%".
Esta revisão das tarifas tem como objetivo adequar a tarifa de energia aplicada aos clientes do mercado regulado à evolução dos preços dos mercados grossistas, que tem vindo a subir, evitando "desvio a recuperar em anos subsequentes".
Este mecanismo foi aplicado pela primeira vez em 2020, no sentido oposto, de descida das tarifas.
Para o ano em curso, a previsão do custo de aquisição do CUR (comercializador de último recurso) considerada para a fixação da tarifa de energia aprovada pela ERSE foi de 49,52 euros/MWh, mas, face à subida dos preços nos mercados grossistas, refletindo os preços mais altos no MIBEL, fruto da elevada cotação das licenças de dióxido de carbono (CO2), as estimativas recentes apontam para um acréscimo de 25%.
Neste contexto, o regulador atualiza a tarifa de energia - uma das componentes da fatura elétrica - com um aumento de cinco euros/MWh.
A nova tarifa de energia produz efeitos a partir de 01 de julho de 2021 e abrange os consumidores no mercado regulado, que correspondem a cerca de 5% do consumo total e de 954 mil clientes, em fevereiro de 2021, uma vez que a maioria já tem um comercializador de mercado livre.
Em comunicado, a ERSE refere que "esta alteração não condiciona o mercado livre a repercutir a mesma atualização de preços", realçando que "mesmo após a revisão em alta das condições de preço para novos contratos de fornecimento de eletricidade, já ocorridas em muitos comercializadores desde o início do ano [...] subsistem várias ofertas melhor posicionadas que o mercado regulado".
Assim, a ERSE aconselha os consumidores que ainda estejam no mercado regulado, a procurarem potenciais poupanças na fatura de eletricidade junto dos comercializadores em mercado livre, disponibilizando para tal um simulador de preços de energia que facilita a escolha da oferta mais vantajosa.
[Notícia atualizada às 18h50]